O Senhor nos convida a não ficar presos em fatos
passados. Olhar para frente, continuar caminhando rumo a meta, para viver uma
vida nova.
6 - Siloé da Semana Santa
Encontro de Oração: Realizar dentro do espírito litúrgico
próprio da Semana Santa. Penitencia, recolhimento, meditação da Paixão de
Cristo.
Meditações de D. Javier Echevarría sobre a Semana Santa
DOMINGO DE RAMOS: JESUS ENTRA EM JERUSALÉM
Começa a Semana Santa e recordamos a entrada triunfal de
Cristo em Jerusalém. Escreve São Lucas. «Ao aproximar-se de Betfagé e de
Betânia, junto ao monte chamado das Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos
dizendo-lhes: "Ide a essa aldeia que está em frente e, ao entrar,
encontrareis um burrico amarrado que nunca ninguém montou. Soltai-o e trazei-o.
Se alguém vos perguntar porque o soltais, dir-lhe-eis: o Senhor tem necessidade
dele". Foram e encontraram tudo como o Senhor lhes tinha dito».
Que pobre montaria Nosso Senhor escolhe! Talvez nós,
presunçosos, tivéssemos escolhido um imponente cavalo. Porém, Jesus não se guia
por razões meramente humanas, mas por critérios divinos. «Isto sucedeu – anota
São Mateus – para que se cumprissem as palavras do profeta: "Dizei à filha
de Sião: eis que o teu rei vem a ti, manso e montado sobre um jumento, num
burrico, filho de jumenta"».
Jesus Cristo, que é Deus, contenta-se com um burrico por
trono. Nós, que não somos nada, mostramo-nos muitas vezes vaidosos e soberbos:
procuramos sobressair, chamar a atenção; tratamos de que os outros nos admirem
e louvem. São Josemaria Escrivá, canonizado por João Paulo II há dois anos,
ficou cativado com esta cena do Evangelho.
Dizia de si mesmo que era um burrico sarnento, que não
valia nada; mas como a humildade é a verdade, reconhecia também que era
depositário de muitos dons de Deus; especialmente, da tarefa de abrir caminhos
divinos na terra, mostrando a milhões de homens e mulheres que podem ser santos
no cumprimento do trabalho profissional e dos deveres ordinários.
Jesus entra em Jerusalém sobre um burrico. Temos de tirar
conseqüências desta cena. Cada cristão pode e deve converter-se em trono de
Cristo. E aqui servem como anel ao dedo umas palavras de São Josemaria. «Se a
condição para que Jesus reinasse na minha alma, na tua alma, fosse contar
previamente com um lugar perfeito dentro de nós, teríamos motivos para
desesperar. Jesus contenta-se com um pobre animal por trono. (...).Há centenas
de animais mais belos, mais hábeis e mais cruéis. Mas Cristo escolheu esse para
se apresentar como rei diante do povo que o aclamava. Porque Jesus não sabe o
que fazer com a astúcia calculista, com a crueldade dos corações frios, com a
formosura vistosa, mas oca. Nosso Senhor ama a alegria de um coração jovem, o
passo simples, a voz sem falsete, os olhos limpos, o ouvido atento à sua
palavra de carinho. É assim que reina na alma.».
Deixemo-lo tomar posse dos nossos pensamentos, palavras e
ações! Afastemos sobretudo o amor-próprio, que é o maior obstáculo ao reinado
de Cristo! Sejamos humildes, sem nos apropriarmos de méritos que não são
nossos. Imaginais o ridículo em que cairia o burrico, se se tivesse apropriado
das aclamações e aplausos que as pessoas dirigiam ao Mestre?
Comentando esta cena evangélica, João Paulo II recorda
que Jesus não entendeu a sua existência terrena como procura do poder, como
ânsia de êxito e de fazer carreira, ou como vontade de domínio sobre os outros.
Pelo contrário, renunciou aos privilégios da sua igualdade com Deus, assumiu a
condição de servo, fazendo-se semelhante aos homens, e obedeceu ao projeto do
Pai até à morte na Cruz (Homilia, 8-IV-2001).
O entusiasmo das pessoas não costuma ser duradouro.
Poucos dias depois, os que o tinham aclamado pedirão aos gritos a sua morte. E
nós deixar-nos-emos levar por um entusiasmo passageiro? Se nestes dias notamos
o movimento divino da graça de Deus, que passa por nós, podemos dar-lhe lugar
nas nossas almas. Estendamos no chão, mais que as palmas ou os ramos de
oliveira, os nossos corações. Sejamos humildes. Sejamos mortificados. Sejamos
compreensivos com os outros. Esta é a homenagem que Jesus espera de nós.
A Semana Santa oferece-nos a oportunidade de reviver os
momentos fundamentais da nossa Redenção. Mas não esqueçamos que – como escreve
São Josemaria –, «para acompanhar Cristo na sua glória, no fim da Semana Santa,
é necessário que penetremos antes no seu holocausto, e que nos sintamos uma só
coisa com Ele, morto sobre o Calvário». Para isso, nada melhor que caminhar
pela mão de Maria. Que Ela nos obtenha a graça de que estes dias deixem uma
marca profunda nas nossas almas. Que sejam, para cada uma e cada um, ocasião de
aprofundar no Amor de Deus, para assim mostrá-lo aos outros.
* * *
SEGUNDA-FEIRA SANTA: JESUS EM BETÂNIA
Ontem recordamos a entrada triunfal de Cristo em
Jerusalém. A multidão dos discípulos e outras pessoas aclamaram-no como Messias
e Rei de Israel. No fim do dia, cansado, voltou a Betânia, aldeia situada muito
próximo da capital, onde costumava alojar-se nas suas visitas a Jerusalém.
Ali, uma família amiga tinha sempre disponível um lugar
para Ele e para os seus. Lázaro, a quem Jesus ressuscitou dos mortos, é o chefe
da família; vivem com ele Marta e Maria, suas irmãs, que esperam cheias de
entusiasmo a chegada do Mestre, contentes por poder oferecer-lhe os seus
serviços.
Nos últimos dias da sua vida na terra, Jesus passa longas
horas em Jerusalém, dedicado a uma pregação intensíssima. À noite, recupera as
forças em casa dos seus amigos. E em Betânia tem lugar um episódio recolhido
pelo Evangelho da Missa de hoje.
Seis dias antes da Páscoa – relata São João –, foi Jesus
a Betânia. Ali lhe ofereceram uma ceia; Marta servia e Lázaro era um dos que
estavam com Ele à mesa. Maria tomou então uma libra de perfume de nardo
autêntico, muito caro, ungiu os pés de Jesus com ele e enxugou-os com os seus
cabelos, e a casa encheu-se com a fragrância do perfume.
Imediatamente salta à vista a generosidade desta mulher.
Deseja manifestar o seu agradecimento ao Mestre, por ter devolvido a vida ao
seu irmão e por tantos outros bens recebidos, e não repara em gastos. Judas,
presente na cena, calcula exatamente o preço do perfume.
Mas, em vez de louvar a delicadeza de Maria, entregou-se
à crítica: por que não se vendeu este perfume por trezentos denários para
dá-los aos pobres? Na realidade, como faz notar São João, não lhe importavam os
pobres; interessava-lhe ter acesso ao dinheiro da bolsa e furtar o seu conteúdo.
«Mas Jesus faz uma avaliação muito diferente», escreve
João Paulo II. «sem nada tirar ao dever da caridade para com os necessitados,
aos quais os discípulos sempre se hão-de dedicar– « Pobres, sempre os tereis
convosco » (Jo 12, 8; cf. Mt 26, 11; Mc 14, 7) –, Ele pensa no momento já
próximo da sua morte e sepultura, considerando a unção que Lhe foi feita como
uma antecipação daquelas honras de que continuará a ser digno o seu corpo mesmo
depois da morte, porque indissoluvelmente ligado ao mistério da sua pessoa.»
(Ecclesia de Eucharistia, 47).
Para ser verdadeira virtude, a caridade deve estar
ordenada. E o primeiro lugar é de Deus: amarás ao Senhor teu Deus com todo o
teu coração e com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro
mandamento. O segundo é como este: amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os
Profetas. Por isso, equivocam-se os que – com a desculpa de aliviar as
necessidades materiais dos homens – se desentendem das necessidades da Igreja e
dos ministros sagrados. Escreve São Josemaria Escrivá: «aquela mulher que, em
casa de Simão o leproso, em Betânia, unge com rico perfume a cabeça do Mestre,
recorda-nos o dever de sermos magnânimos no culto de Deus.
– Todo o luxo, majestade e beleza me parecem pouco.
– E contra os que atacam a riqueza dos vasos sagrados,
paramentos e retábulos, ouve-se o louvor de Jesus: "Opus enim bonum
operata est in me" - uma boa obra fez para comigo.– uma boa obra foi feita
comigo».
Quantas pessoas se comportam como Judas! Vêem o bem que
fazem outros, mas não querem reconhecê-lo: empenham-se em descobrir intenções
torcidas, tendem a criticar, a murmurar, a fazer juízos temerários. Reduzem a
caridade ao puramente material – dar umas moedas ao necessitado, talvez para
tranqüilizar a sua consciência – e esquecem que – como escreve também São
Josemaria Escrivá – «a caridade cristã não se limita a socorrer o necessitado
de bens econômicos; leva-nos, antes de mais nada, a respeitar e a defender cada
indivíduo enquanto tal, na sua intrínseca dignidade de homem e de filho do
Criador».
A Virgem Maria entregou-se completamente ao Senhor e
esteve sempre preocupada com os homens. Hoje pedimos-lhe que interceda por nós,
para que, nas nossas vidas, o amor a Deus e o amor ao próximo se unam numa só
coisa, como as duas faces de uma mesma moeda.
* * *
TERÇA-FEIRA SANTA: COMO É A NOSSA FÉ?
O Evangelho da Missa termina com o anúncio de que os
Apóstolos deixariam Cristo só durante a Paixão. A Simão Pedro que, cheio de
presunção, afirmava: eu darei a minha vida por ti, o Senhor respondeu: tu darás
a tua vida por mim? Eu te asseguro que não cantará o galo, antes de me teres
negado três vezes.
Em poucos dias cumpriu-se a predição. Todavia, poucas
horas antes, o Mestre tinha-lhes dado uma lição clara, preparando-os para os
momentos de escuridão que se avizinhavam.
Ocorreu no dia seguinte ao da entrada triunfal em
Jerusalém. Jesus e os Apóstolos tinham saído muito cedo de Betânia e, com a
pressa, talvez não tivessem comido nada. O caso é que, como relata São Marcos,
o Senhor sentiu fome. Vendo ao longe uma figueira com folhas, foi ver se nela
encontraria alguma coisa; mas, ao chegar junto dela, não encontrou senão
folhas, pois não era tempo de figos. Disse então: «Nunca mais ninguém coma
fruto de ti.» E os discípulos ouviram isto.
Ao entardecer regressaram à aldeia. Devia ser já tarde
avançada e não repararam na figueira amaldiçoada. Mas no dia seguinte,
terça-feira, ao voltar de novo a Jerusalém, todos contemplaram aquela árvore,
antes frondosa, que mostrava os ramos nus e secos. Pedro fê-lo notar a Jesus:
«Olha, Mestre, a figueira que amaldiçoaste secou!» Jesus disse-lhes: «Tende fé
em Deus. Em verdade vos digo, se alguém disser a este monte: 'Sai daí e
lança-te ao mar', e não vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz vai
se realizar, assim acontecerá.»
Durante a sua vida pública, para realizar milagres, Jesus
pedia uma só coisa: fé. Aos cegos que lhe suplicavam a cura, tinha-lhes
perguntado: credes que posso fazer isso? – Sim, Senhor, responderam-lhe. Então
tocou-lhes os olhos dizendo: que se faça em vós conforme a vossa fé. E
abriram-se-lhes os olhos. E contam os Evangelhos que, em muitos lugares, não
realizou prodígios, porque às pessoas lhes faltava fé.
Também nós temos de nos interrogar: como é a nossa fé?
Confiamos plenamente na palavra de Deus? Pedimos na oração o que necessitamos,
seguros de consegui-lo se é para nosso bem? Insistimos nas súplicas, o que seja
preciso, sem desfalecer?
São Josemaria comentava esta cena do Evangelho. «Jesus –
escreve – aproxima-se de ti e aproxima-se de mim. Jesus tem fome e sede de
almas. Do alto da cruz clamou: sitio!, tenho sede. Sede de nós, do nosso amor,
das nossas almas e de todas as almas que lhe devemos levar pelo caminho da
Cruz, que é o caminho da imortalidade e da glória do Céu.».
Aproximou-se da figueira, não achando senão folhas (Mt
21, 19). É lamentável isto. É assim na nossa vida? Será que, tristemente, falta
fé, vibração de humildade, será que não aparecem sacrifícios nem obras?
Os discípulos maravilharam-se com o milagre, mas de nada
lhes serviu: poucos dias depois negariam o seu Mestre. A fé deve informar a
vida inteira. «Jesus Cristo estabelece esta condição», prossegue São Josemaria:
«que vivamos da fé, porque depois seremos capazes de remover montanhas. E há
tantas coisas para remover... no mundo e, antes de mais nada, no nosso coração.
Tantos obstáculos à graça! Tenhamos, pois, fé. Fé com obras, fé com sacrifício,
fé com humildade».
Maria, com a sua fé, tornou possível a obra da Redenção.
João Paulo II afirma que no centro deste mistério, no mais vivo desta admiração
de fé está Maria, Santa Mãe do Redentor (Redemptoris Mater, 51). Ela acompanha
constantemente todos os homens pelos caminhos que conduzem à vida eterna. A
Igreja, escreve o Papa, contempla Maria profundamente inserida na história da
humanidade, na eterna vocação do homem segundo o desígnio providencial que Deus
predispôs eternamente para ele; vê-a maternalmente presente e participante nos
múltiplos e complexos problemas que acompanham hoje a vida dos indivíduos, das
famílias e das nações; vê-a socorrendo o povo cristão na luta incessante entre
o bem e o mal, para que "não caia" ou, se caiu, para que "se
erga". (Redemptoris Mater, 52).
Maria, Mãe nossa: alcança-nos com a tua intercessão
poderosa uma fé sincera, uma esperança segura, um amor ardente.
* * *
QUARTA-FEIRA SANTA: JUDAS ATRAIÇOA JESUS
Na Quarta-Feira Santa recordamos a triste história
daquele que foi Apóstolo de Cristo: Judas. Assim conta São Mateus no seu
evangelho: Um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos
sacerdotes e disse-lhes: «Quanto me dareis, se eu vo-lo entregar?» Eles
garantiram-lhe trinta moedas de prata. E, a partir de então, Judas procurava
uma oportunidade para entregar Jesus.
Por que a Igreja recorda este acontecimento? Para que nos
convençamos de que todos podemos comportar-nos como Judas. Para que peçamos ao
Senhor que, da nossa parte, não haja traições, nem distanciamentos, nem
abandonos. Não somente pelas consequências negativas que isso poderia trazer às
nossas vidas pessoais, o que já seria muito; mas porque poderíamos arrastar
outros, que necessitam da ajuda do nosso bom exemplo, do nosso ânimo, da nossa
amizade.
Em alguns lugares da América, as imagens de Cristo
crucificado mostram uma chaga profunda na face esquerda do Senhor. E contam que
essa chaga representa o beijo de Judas. Tão grande é a dor que os nossos
pecados causam a Jesus! Digamos-lhe que desejamos ser-lhe fiéis: que não
queremos vendê-lo – como Judas – por trinta moedas, por uma ninharia, pois isso
são todos os pecados: a soberba, a inveja, a impureza, o ódio, o
ressentimento... Quando uma tentação ameaça atirar-nos para o chão, pensemos que
não vale a pena trocar a felicidade dos filhos de Deus, que é o que somos, por
um prazer que logo acaba e deixa o gosto amargo da derrota e da infidelidade.
Temos de sentir o peso da Igreja e de toda a humanidade.
Não é admirável saber que qualquer um de nós pode ter influência no mundo
inteiro? No lugar onde estamos, realizando bem o nosso trabalho, cuidando da
família, servindo os amigos, podemos ajudar a felicidade de tantas pessoas.
Como escreve São Josemaria Escrivá, com o cumprimento dos nossos deveres
cristãos, temos de ser como a pedra caída no lago. – Produz, com o teu exemplo
e com a tua palavra um primeiro círculo... e este, outro... e outro, e outro...
Até chegar aos lugares mais remotos.
Vamos pedir ao Senhor que não o atraiçoemos mais; que
saibamos afastar, com a sua graça, as tentações que o demônio nos apresenta,
enganando-nos. Temos de dizer que não, decididamente, a tudo o que nos afaste
de Deus. Assim não se repetirá na nossa vida a desgraçada história de Judas.
E se nos sentirmos débeis, corramos ao Santo Sacramento
da Penitência! Ali o Senhor nos espera, como o pai da parábola do filho
pródigo, para nos dar um abraço e oferecer-nos a sua amizade. Continuamente sai
ao nosso encontro, ainda que tenhamos caído baixo, muito baixo. Sempre é tempo
de voltar a Deus! Não reajamos com desânimo, nem com pessimismo. Não pensemos:
que vou fazer, se sou um cúmulo de misérias? Maior é a misericórdia de Deus!
Que vou fazer, se caio uma e outra vez pela minha debilidade? Maior é o poder
de Deus, para nos levantar das nossas quedas!
Grandes foram os pecados de Judas e de Pedro. Os dois
atraiçoaram o Mestre: um entregando-o nas mãos dos perseguidores, outro
negando-o por três vezes. E, no entanto, que diferente reação teve cada um!
Para os dois o Senhor guardava torrentes de misericórdia.
Pedro arrependeu-se, chorou o seu pecado, pediu perdão, e
foi confirmado por Cristo na fé e no amor; com o tempo, chegaria a dar a sua
vida por Nosso Senhor. Judas, pelo contrário, não confiou na misericórdia de
Cristo. Até o último momento teve abertas as portas do perdão de Deus, mas não
quis entrar por elas através da penitência.
Na sua primeira encíclica, João Paulo II fala do direito
de Cristo a encontrar-se com cada um de nós naquele momento chave da vida da
alma, que é o momento da conversão e do perdão (Redemptor hominis, 20). Não
privemos Jesus desse direito! Não tiremos a Deus Pai a alegria de nos dar o
abraço de boas-vindas! Não contristemos o Espírito Santo, que deseja devolver
às almas a vida sobrenatural!
Peçamos a Santa Maria, Esperança dos cristãos, que não
permita o desânimo perante os nossos equívocos e pecados, talvez repetidos. Que
nos alcance do seu Filho a graça da conversão, o desejo eficaz de recorrer –
humildes e contritos – à Confissão, sacramento da misericórdia divina,
começando e recomeçando sempre que seja preciso.
* * *
QUINTA-FEIRA SANTA: INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA
A liturgia de Quinta-Feira Santa é riquíssima de
conteúdo. É o grande dia da instituição da Sagrada Eucaristia, dom do Céu para
os homens; o dia da instituição do sacerdócio, nova prenda divina que assegura
a presença real e atual do Sacrifício do Calvário em todos os tempos e lugares,
tornando possível que nos apropriemos dos seus frutos.
Aproximava-se o momento em que Jesus ia oferecer a sua
vida pelos homens. Tão grande era o seu amor, que na sua Sabedoria infinita
encontrou o modo de ir e de ficar, ao mesmo tempo. São Josemaria, ao considerar
o comportamento dos que se vêem obrigados a deixar a sua família e a sua casa,
para procurar emprego em outro lugar, comenta que o amor humano costuma
recorrer aos símbolos. As pessoas que se despedem trocam lembranças entre si,
talvez uma fotografia… Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito Homem, não deixa
um símbolo, mas uma realidade. Fica Ele mesmo. Embora vá para o Pai, permanece
entre os homens. Sob as espécies do pão e do vinho está Ele, realmente
presente, com o seu Corpo, o seu Sangue, a sua Alma e a sua Divindade.
Como responderemos a esse amor imenso? Assistindo com fé
e devoção à Santa Missa, memorial vivo e atual do Sacrifício do Calvário.
Preparando-nos muito bem para comungar, com a alma bem limpa. Visitando Jesus
com freqüência, escondido no Sacrário.
A primeira leitura da Missa, recorda o que Deus
estabeleceu no Antigo Testamento, para que o povo israelita não se esquecesse
dos benefícios recebidos. Desce a muitos detalhes: desde como devia ser o
cordeiro pascoal, até aos pormenores que tinham de cuidar para recordar a
passagem do Senhor. Se isso se prescrevia para comemorar alguns acontecimentos
históricos, que eram só uma imagem da libertação do pecado realizada por Jesus
Cristo, como deveríamos comportar-nos agora, quando verdadeiramente fomos
resgatados da escravidão do pecado e feitos filhos de Deus!
Esta é a razão por que a Igreja nos inculca um grande
esmero em tudo o que se refere à Eucaristia. Assistimos ao Santo Sacrifício
todos os domingos e festas de guarda, sabendo que estamos participando numa
ação divina?
São João relata que Jesus lavou os pés dos discípulos,
antes da Última Ceia. Temos de estar limpos, na alma e no corpo, e aproximarmos
para recebê-lo com dignidade. Para isso nos deixou o Sacramento da Penitência.
Comemoramos também a instituição do sacerdócio. É um bom
momento para rezar pelo Papa, pelos Bispos, pelos sacerdotes, e para rogar que
haja muitas vocações no mundo inteiro. Pediremos melhor na medida em que
tenhamos mais diálogo com esse Jesus, que instituiu a Eucaristia e o
Sacerdócio. Vamos dizer, com total sinceridade, o que repetia São Josemaria:
Senhor, põe no meu coração o amor com que queres que eu te ame.
Na cena de hoje Nossa Senhora não aparece fisicamente,
ainda que estivesse em Jerusalém naqueles dias: encontrá-la-emos amanhã ao pé
da Cruz. Mas já hoje, com a sua presença discreta e silenciosa, acompanha muito
de perto o seu Filho, em profunda união de oração, de sacrifício e de entrega.
João Paulo II assinala que, depois da Ascensão do Senhor ao Céu, participaria
assiduamente nas celebrações eucarísticas dos primeiros cristãos. E acrescenta
o Papa: aquele corpo, entregue em sacrifício e presente agora nas espécies
sacramentais, era o mesmo corpo concebido no seu ventre! Receber a Eucaristia
devia significar para Maria quase acolher de novo no seu ventre aquele coração
que batera em uníssono com o d'Ela (Ecclesia de Eucharistia, 56).
Também agora Nossa Senhora acompanha Cristo em todos os
sacrários da terra. Peçamos-lhe que nos ensine a ser almas de Eucaristia,
homens e mulheres de fé segura e de piedade forte, que se esforçam por não
deixar Jesus só. Que saibamos adorá-lo, pedir-lhe perdão, agradecer os seus
benefícios, fazer-lhe companhia.
* * *
SEXTA-FEIRA SANTA: CRISTO NA CRUZ
Hoje queremos acompanhar Cristo na Cruz. Recordo umas
palavras de São Josemaria, numa Sexta-Feira Santa. Convidava-nos a reviver
pessoalmente as horas da Paixão: desde a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras
até à flagelação, a coroação de espinhos e a morte na Cruz. Dizia: atada a
omnipotência de Deus por mão de homem levam o meu Jesus de um lado para outro,
entre os insultos e os empurrões da multidão.
Cada um de nós pode se ver no meio daquela multidão,
porque foram os nossos pecados a causa da imensa dor que se abate sobre a alma
e o corpo do Senhor. Sim: cada um de nós leva Cristo, convertido em objeto de
troça, de uma a outra parte. Somos nós que, com os nossos pecados, reclamamos
aos gritos a sua morte. E Ele, perfeito Deus e perfeito Homem, deixa-nos agir.
Tinha-o predito o profeta Isaías: maltratado, não abriu a sua boca; como
cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante os tosquiadores.
É justo que sintamos a responsabilidade dos nossos
pecados. É lógico que estejamos muito agradecidos a Jesus. É natural que
procuremos a reparação, porque às nossas manifestações de desamor, Ele responde
sempre com um amor total. Neste tempo da Semana Santa, vemos o Senhor mais
próximo, mais semelhante aos seus irmãos os homens... Meditemos umas palavras
de João Paulo II: Quem crê em Jesus crucificado e ressuscitado leva a Cruz como
um triunfo, como prova evidente de que Deus é amor... Mas a fé em Cristo nunca
se pode dar por pressuposta. O mistério pascal, que reviveremos nos dias da
Semana Santa, é sempre atual. (Homilia, 24-III-2002).
Peçamos a Jesus, nesta Semana Santa, que desperte na
nossa alma a consciência de ser homens e mulheres verdadeiramente cristãos,
para que vivamos de cara a Deus e, com Deus, voltados a todas as pessoas.
Não deixemos que o Senhor leve a Cruz sozinho. Acolhamos
com alegria os pequenos sacrifícios diários.
Aproveitemos a capacidade de amar, que Deus nos concedeu,
para concretizar propósitos, mas sem ficarmos num mero sentimentalismo. Digamos
sinceramente: Senhor, nunca mais! Nunca mais! Peçamos com fé para que nós e
todas as pessoas da terra descubramos a necessidade de ter ódio ao pecado
mortal e de repelir o pecado venial deliberado, que tantos sofrimentos causaram
ao nosso Deus.
Que grande é o poder da Cruz! Quando Cristo é objeto de
riso e de escárnio para todo o mundo; quando está no Madeiro sem querer
arrancar os cravos; quando ninguém daria nem um centavo pela sua vida, o bom
ladrão – um como nós – descobre o amor de Cristo agonizante, e pede perdão.
Hoje estarás comigo no Paraíso. Que força tem o sofrimento, quando se aceita junto
de Nosso Senhor! É capaz de tirar – das situações mais dolorosas – momentos de
glória e de vida. Esse homem que se dirige a Cristo agonizante, encontra a
remissão dos seus pecados, a felicidade para sempre.
Nós temos de fazer o mesmo. Se perdermos o medo da Cruz,
se nos unirmos a Cristo na Cruz, receberemos a sua graça, a sua força, a sua
eficácia. E encher-nos-emos de paz.
Ao pé da Cruz descobrimos Maria, Virgem fiel.
Peçamos-lhe, nesta Sexta-Feira Santa, que nos empreste o seu amor e a sua
força, para que também nós saibamos acompanhar Jesus. Dirigimo-nos a Ela com
umas palavras de São Josemaria, que ajudaram milhões de pessoas. Diz: Minha Mãe
(tua, porque és seu por muitos títulos), que o teu amor me ate à Cruz do teu
Filho; que não me falte a Fé, nem a valentia, nem a audácia, para cumprir a
vontade do nosso Jesus.
* * *
SÁBADO SANTO: SILÊNCIO E CONVERSÃO
Hoje é um dia de silêncio na Igreja: Cristo jaz no
sepulcro e a Igreja medita, admirada, o que fez este Senhor nosso por nós.
Guarda silêncio para aprender do Mestre, ao contemplar o seu corpo destroçado.
Cada um de nós pode e deve unir-se ao silêncio da Igreja.
E ao considerar que somos responsáveis por essa morte, esforçar-nos-emos para
que as nossas paixões, as nossas rebeldias, tudo o que nos afaste de Deus,
guardem silêncio. Mas sem estarmos meramente passivos: é uma graça que Deus nos
concede quando a pedimos diante do Corpo morto do seu Filho, quando nos
empenhamos por tirar da nossa vida tudo o que nos afasta d’Ele.
O Sábado Santo não é um dia triste. O Senhor venceu o
demônio e o pecado, e dentro de poucas horas vencerá também a morte com a sua
gloriosa Ressurreição. Reconciliou-nos com o Pai celestial: já somos Filhos de
Deus! É necessário fazer propósitos de agradecimento, que tenhamos a segurança
de superar todos os obstáculos, sejam de que tipo for, se nos mantivermos bem
unidos a Jesus pela oração e pelos sacramentos.
O mundo tem fome de Deus, ainda que muitas vezes não o
saiba. As pessoas estão desejando que se lhes fale desta realidade gozosa – o
encontro com o Senhor –, e para isso viemos nós os cristãos. Tenhamos a
valentia daqueles dois homens – Nicodemos e José de Arimateia –, que durante a
vida de Jesus Cristo mostravam respeitos humanos, mas que, no momento definitivo,
se atrevem a pedir a Pilatos o corpo morto de Jesus, para lhe dar sepultura. Ou
a daquelas mulheres santas que, sendo Cristo já um cadáver, compram aromas e
acodem para embalsamá-lo, sem ter medo dos soldados que guardam o sepulcro.
À hora da debandada geral, quando todo o mundo se sentiu
com direito de insultar, rir e mofar-se de Jesus, eles vão dizer: dá-nos esse
Corpo, que nos pertence. Com que cuidado o desceriam da Cruz e iriam olhando as
suas Chagas! Peçamos perdão e digamos, com palavras de São Josemaria: eu
subirei com eles ao pé da Cruz, apertar-me-ei ao Corpo frio, cadáver de Cristo,
com o fogo do meu amor..., despregá-Lo-ei com os meus desagravos e
mortificações..., envolvê-Lo-ei com o lençol novo da minha vida limpa e
enterrá-Lo-ei no meu peito de rocha viva, onde ninguém mo poderá arrancar; e,
aí, Senhor, descansai!
Compreende-se que pusessem o corpo morto do Filho nos
braços da Mãe, antes de dar-lhe sepultura. Maria era a única criatura capaz de
lhe dizer que entende perfeitamente o seu Amor pelos homens, pois Ela não foi
causadora dessas dores. A Virgem Puríssima fala por nós; mas fala para nos
fazer reagir, para que experimentemos a sua dor, feita uma só coisa com a dor
de Cristo.
Tiremos propósitos de conversão e de apostolado, de identificar-nos
mais com Cristo, de estar totalmente centrados nas almas. Peçamos ao Senhor que
nos transmita a eficácia salvadora da sua Paixão e da sua Morte. Consideremos o
panorama que se nos apresenta por diante. As pessoas que nos rodeiam esperam que
nós os cristãos lhes descubramos as maravilhas do encontro com Deus. É
necessário que esta Semana Santa – e depois todos os dias – seja para nós um
salto de qualidade, um dizer ao Senhor que se meta totalmente nas nossas vidas.
É preciso comunicar a muitas pessoas a Vida nova que Jesus Cristo nos conseguiu
com a Redenção.
Recorramos a Santa Maria: Virgem da Solidão, Mãe de Deus
e Mãe nossa, ajuda-nos a compreender – como escreve São Josemaria – que é
preciso fazer vida nossa a vida e a morte de Cristo. Morrer pela mortificação e
pela penitência, para que Cristo viva em nós pelo Amor. E seguir então os
passos de Cristo, com ânsia de corredimir todas as almas. Dar a vida pelos
outros. Só assim se vive a vida de Jesus Cristo e nos fazemos uma só coisa com
Ele.
* * *
DOMINGO DE PÁSCOA: JESUS VENCEU
Transcorrido o sábado, Maria Madalena, Maria a Mãe de
Tiago, e Salomé, compraram perfumes para ir embalsamar Jesus. Muito de
madrugada, no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, dirigiram-se ao
sepulcro. Assim começa São Marcos a narração do sucedido naquela madrugada de
há dois mil anos, na primeira Páscoa cristã.
Jesus tinha sido sepultado. Aos olhos dos homens, a sua
vida e a sua mensagem tinham terminado com o mais profundo dos fracassos. Os
seus discípulos, confusos e atemorizados, tinham-se dispersado. As próprias
mulheres que acodem para realizar um gesto piedoso, perguntam-se umas às
outras: quem nos tirará a pedra da entrada do sepulcro? "No entanto, faz
notar São Josemaria, seguem adiante... Tu e eu, como andamos de vacilações?
Temos esta decisão santa, ou temos de confessar que sentimos vergonha ao
contemplar a decisão, a intrepidez, a audácia destas mulheres?".
Cumprir a Vontade de Deus, ser fiéis à lei de Cristo,
viver coerentemente a nossa fé, pode parecer às vezes muito difícil.
Apresentam-se obstáculos que parecem insuperáveis. No entanto, não é assim.
Deus vence sempre.
A epopéia de Jesus de Nazaré não termina com a sua morte
ignominiosa na Cruz. A última palavra é a da Ressurreição gloriosa. E os
cristãos, no Batismo, somos mortos e ressuscitados com Cristo: mortos para o
pecado e vivos para Deus. «Oh Cristo – dizemos com o Santo Padre João Paulo II
–, como não te dar graças pelo dom inefável que nos ofereces nesta noite! O
mistério da tua Morte e da tua Ressurreição infunde-se na água batismal que
acolhe o homem velho e carnal, e o faz puro, com a mesma juventude divina»
(Homilia, 15-IV-2001).
Hoje a Igreja, cheia de alegria, exclama: este é o dia
que o Senhor fez: regozijemo-nos e alegremo-nos com ele! Grito de júbilo que se
prolongará durante cinqüenta dias, ao longo do tempo pascal, como um eco das
palavras de São Paulo: posto que vós ressuscitastes com Cristo, procurai os
bens do alto, onde está Cristo sentado à direita de Deus. Ponham todo o coração
nos bens do céu, não nos da terra; porque morrestes e a vossa vida está
escondida com Cristo em Deus.
É lógico pensar – e assim o considera a Tradição da
Igreja – que Jesus Cristo, uma vez ressuscitado, apareceu em primeiro lugar à
sua Santíssima Mãe. O fato de que não apareça nos relatos evangélicos, com as
outras mulheres, é – como assinala João Paulo II – um indício de que Nossa
Senhora já havia se encontrado com Jesus.
«Esta dedução ficaria confirmada também – acrescenta o
Papa – pelo fato de que as primeiras testemunhas da ressurreição, por vontade
de Jesus, foram as mulheres, as quais permaneceram fiéis ao pé a Cruz e,
portanto, mais firmes na fé» (Audiência, 21-V-1997). Só Maria tinha conservado
plenamente a fé, durante as horas amargas da Paixão; por isso é natural que o
Senhor tivesse aparecido a Ela em primeiro lugar.
Temos de permanecer sempre junto à Nossa Senhora, mas
mais ainda no tempo de Páscoa, e aprender d’Ela. Com que ânsias tinha esperado
a Ressurreição! Sabia que Jesus tinha vindo salvar o mundo e que, portanto,
devia padecer e morrer; mas também conhecia que não podia ficar sujeito à
morte, porque Ele é a Vida.
Uma boa forma de viver a Páscoa consiste em esforçar-nos
por fazer os outros participantes da vida de Cristo, cumprindo com primor o
mandamento novo da caridade, que o Senhor nos deu na véspera da sua Paixão:
nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos
outros. Cristo ressuscitado repete agora a cada um de nós. Diz-nos: amem-se de
verdade uns aos outros, esforcem-se todos os dias por servir os outros, estejam
atentos aos detalhes mais pequenos, para fazer a vida agradável aos que
convivem convosco.
Mas voltemos ao encontro de Jesus com a sua Santíssima
Mãe. Que contente estaria Nossa Senhora, ao contemplar aquela Humanidade
Santíssima – carne da sua carne e vida da sua vida – plenamente glorificada!
Peçamos-lhe que nos ensine a sacrificar-nos pelos outros sem o fazer notar, sem
esperar sequer que nos agradeçam: que tenhamos fome de passar inadvertidos,
para assim possuirmos a vida de Deus e comunicá-la a outros. Hoje dirigimos-lhe
a oração do Regina Caeli, saudação própria do tempo pascal. Rainha do Céu
alegrai-vos, aleluia / Porque aquele que merecestes trazer em vosso seio,
aleluia / Ressuscitou como disse, aleluia. / Rogai por nós a Deus, aleluia. /
Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia / Porque o Senhor ressuscitou
verdadeiramente, aleluia.
7 - Siloé da 1ª Semana da Páscoa
Confraternização Pascal dos Discípulos de Jesus: Jesus
Ressuscitou! Aleluia!
Enfocar a vitória de Cristo sobre a morte e a sua
presença no meio de nós. Jesus Ressuscitou! Ele está no meio de nós! Aleluia!
Enfocar a espiritualidade pascal que sempre deve estar presente na vida cristã
e em toda caminhada discipular: Deus está com a gente, Ele nos faz vencer a
morte, sair da terra da escravidão, vencer o sepulcro, viver uma vida nova.
Pedir com antecedência que as pessoas levem alimentos
para partilhar. Fazer uma grande festa cristã com muita paz, amor e alegria em
torno de Jesus Ressuscitado. Arrumar o ambiente com decoração pascal.
Este Siloé de hoje deve ser adaptado, mas sem tirar o
clima de oração e fraternidade. No
final, motivar para que todos continuem participando dos outros Siloés, pois o
Reavivamento no Espírito Santo vai continuar até a semana de Pentecostes.
8 - Siloé da 2ª Semana da Páscoa
4ª Vivencia: O amor de Deus liberta
9 - Siloé da 3ª Semana da Páscoa
5ª Vivencia: O amor de Deus cura
10 - Siloé da 4ª Semana da Páscoa
Encontro de Oração: Salvação em Jesus e vida no Espírito
Santo
Texto para ajudar na pregação:
“Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai, entretanto
permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24, 49),
(cf. Atos 1, 4-8; Joel 3, 1-5).
Os textos proféticos diretamente referentes ao envio do
Espírito Santo são oráculos em que Deus fala ao coração de seu Povo na
linguagem da promessa, com as tônicas do “amor e da fidelidade”, cujo
cumprimento S. Pedro proclamará na manhã de Pentecostes. Segundo essas
promessas, nos “últimos tempos” o Espírito do Senhor renovará o coração dos
homens, gravando neles uma Lei Nova; reunirá e reconciliará os povos dispersos
e divididos; transformará a criação primeira; e Deus habitará nela com os
homens na paz (CIC 715).
Desfigurado pelo pecado e pela morte, o homem continua
sendo “à imagem de Deus”, à imagem do Filho, mas é “privado da Glória de Deus”,
privado da “semelhança”. A promessa feita a Abraão inaugura a Economia da
Salvação, no fim da qual o próprio Filho assumirá “a imagem” e a restaurará na
“semelhança” com o Pai, restituindo-lhe a Glória, o Espírito “que dá a vida”
(CIC 705).
Contra toda esperança humana, Deus promete a Abraão uma
descendência, como fruto da fé e do poder do Espírito Santo. Nela serão
abençoadas todas as nações da terra. Esta descendência será Cristo, no qual a
efusão do Espírito Santo fará “a unidade dos filhos de Deus dispersos”. Ao
comprometer-se por juramento, Deus já se compromete a dar seu Filho bem-amado e
“o Espírito da Promessa”... que prepara a redenção do Povo que Deus adquiriu
para si (CIC 706).
Pela fé recebemos e somos selados pelo Espírito Prometido
(cf. Gl 3, 14; Ef 1, 13).
É somente quando chega à Hora em que vai ser Glorificado
que Jesus Promete a vinda do Espírito Santo, pois sua Morte e Ressurreição
serão o cumprimento da Promessa feita aos Apóstolos: o Espírito de Verdade, o
Paráclito, será dado pelo Pai a pedido de Jesus; Ele será enviado pelo Pai em
nome de Jesus; Jesus o enviará de junto do Pai, pois Ele procede do Pai. O
Espírito Santo virá, nós o conheceremos, Ele estará conosco para sempre, Ele
permanecerá conosco; Ele nos ensinará tudo e nos lembrará de tudo o que Jesus
nos disse, e Dele dará testemunho; conduzir-nos-á à verdade inteira e
glorificará a Cristo. Quanto ao mundo, confundi-lo-á em matéria de pecado, de
justiça e de julgamento (CIC 729).
A Graça de Deus nos impulsiona a viver o Evangelho
Necessita-se ter Jesus como Senhor e que aceitar Jesus
como Senhor da nossa vida é viver a vida segundo o Evangelho. Porém
freqüentemente temos a tendência de nos acostumarmos com certos tipos de
comportamentos que vão se tornando hábito para nós. Quando Jesus entra em nossa
vida Ele “desarruma a nossa casa” de muitas formas. Lutamos muito para mudar
certos hábitos que temos, mas parece que quanto mais tentamos mais difícil fica
de superar certas dificuldades. Nessas horas acontece que muitas pessoas querem
desistir de caminhar com Jesus, porque não têm forças para cumprir com toda a
mentalidade do Evangelho.
Jesus conhece nosso coração e sabe de que somos feitos.
Ele sabe que somos fracos, pecadores e sabe também que somente com nossas
forças jamais conseguiríamos viver nem sequer uma linha do Evangelho. A
conversão de nossas vidas não vem na frente da Salvação operada por Cristo em
nós. A conversão é fruto da Salvação. A ordem nova trazida por Cristo é pecado
- salvação - conversão. Em primeiro lugar está o “dom” de Deus, está à obra de
Deus e depois a resposta do homem, não vice-versa. Não são os homens que de
repente mudaram de vida, de mentalidade de hábitos, começando a fazer o bem,
mas é Deus quem agiu na vida do homem através da sua salvação, dada de forma
gratuita e, a partir daí o homem pode realizar as boas obras que Deus tem
preparado para ele.
Diante das exigências do Evangelho nos sentimos muitas
vezes desanimados porque elas parecem muito maiores do que nós, no entanto a
Boa Nova do Evangelho é vivenciada por Graça de Deus, pelo Dom de Deus e não
pelas nossas forças somente. Tudo o que Deus nos pede para viver Ele nos deus
antes a graça de viver, por isto o Evangelho não é algo impossível de ser
vivido não é um peso colocado sobre os ombros dos homens, mas Deus nos dá a
graça de viver suas exigências, a vida elevada que Ele tem preparado para nós.
Por isto todas as situações de nossas vidas podem ser mudadas, por mais
difíceis que elas sejam, podemos vencer os pecados mais graves das nossas vidas
porque todas estas coisas não são vencidas somente por nossas próprias forças,
mas juntamente com a graça de Deus.
O que é preciso fazer da nossa parte é acolher a Boa Nova
de Deus como uma criança e acolher a Boa Nova como uma criança é acolhê-la como
uma graça, como um dom, não como algo conquistado apenas pelas nossas próprias
forças. As crianças reconhecem que tudo o que elas precisam não podem conseguir
sozinhas, então elas pedem aos pais as coisas de que precisam, porque sabem que
são amadas por eles, sabem que são seus filhos, que são herdeiras de tudo.
Desta forma a idéia de recompensa, de mérito, de mortificação, de renúncia, de
vivência das virtudes é colocada no seu devido lugar porque todas estas coisas
são vividas não para conquistarem a Salvação, pelo contrário, são vividas por
causa da Salvação de Jesus. Nós podemos fazer as boas obras do Evangelho porque
fomos salvos e não para alcançarmos a Salvação.
Esse novo modo de viver é-nos dado por graça, é “como as
moedinhas que um pai põe, ás escondidas, no bolso do filho, a fim de que possa
comprar-lhe um presentinho na festa do papai” (Frei Raniero Cantalamessa).
Portanto, a conquista do Evangelho pelo homem, a sua libertação espiritual, não
depende do seu esforço, não provém dos seus próprios meios e forças, mas do
“poder de Deus”, da graça de Deus.
A Salvação não pode ser conquistada “para além da fé”,
“para além de Cristo”. Nós não podemos traçar uma via de Salvação para nos
libertarmos das nossas dores, dos nossos pecados, dos nossos problemas. Jesus
não só nos deu o exemplo, mas deu-nos, além do exemplo.
“O Evangelho cristão é o ‘Evangelho da Graça’ (At 14, 3).
Ai de nós se nos esquecermos! No cristianismo, a primeira coisa não é o dever,
mas o dom. ‘Amar a Deus de todo o coração’ é o primeiro mandamento; sim, mas
não é a primeira coisa, porque antes do primeiro mandamento está o dom: ‘Nós o
amamos porque Ele nos amou primeiro” (I Jo 4, 19) (Frei Raniero Cantalamessa).
O Amor nos é mandado porque antes nos é dado (Carta Encíclica Deus Caritas
Est). As boas obras são importantes, mas elas são frutos da ação da graça de
Deus em nossas vidas: “Não nos salvamos pelas boas obras, mas da mesma maneira
não nos salvamos sem as boas obras” (Concílio de Trento).
Jesus promete o Espírito Santo
Durante o Seu ministério público, Jesus promete aos
discípulos o dom do Espírito Santo para os tempos que sucederão depois Dele,
promete-o como dom permanente à Igreja para que, após a sua morte, ela não
fique na orfandade (Jo 15, 18-21).
Um pouco antes de Sua morte Jesus disse aos seus
discípulos umas palavras misteriosas: “No entanto, eu vos digo a verdade: é de
vosso interesse que eu parta, pois, se eu não for o Paráclito não virá a vós.
Mas se eu for, enviá-lo-ei a vós” (Jo 16, 7).
Quando ressuscitou, Jesus apareceu aos seus discípulos
falando-lhes de coisas referentes ao Reino de Deus, deu-lhes a ordem de não se
afastarem de Jerusalém, mas esperarem o cumprimento da Promessa do Pai, da qual
tanto lhes havia falado durante seu ministério (cf. Lc 24, 49; Atos 1, 5; 1,
8).
Quando Jesus falava da vinda do Espírito Santo chamava-a
“A Promessa do Pai”. Tratava-se, portanto, de um compromisso de Deus com os
homens através de Jesus, que veio trazer uma vida nova, mas ela não poderia ser
vivida sem o Espírito Santo e sem um Coração Novo. Portanto era necessário que
Deus cumprisse a Promessa feita através dos profetas Ezequiel e Jeremias (Ez
11, 19-20; Jr 31, 33). O coração do homem só pode ser mudado por Deus. É
preciso, pois, a renovação interior do homem pelo Espírito de Deus que o
transformará.
O Espírito prometido nos dará Vida Nova
O Espírito é prometido como dom pessoal, não como uma
força que capacita alguém para uma missão especifica, como ocorreu no Velho
Testamento. Ele é prometido para ficar conosco permanentemente e não
ocasionalmente como já havia acontecido.
A novidade do Evangelho não é Jesus dando uma nova lei,
mas dando-nos Seu Espírito para que Ele, Jesus, possa viver em nós. Dá-nos Seu
Espírito para não só para que O conheçamos, mas para que possamos viver Sua
vida, tendo um procedimento, não segundo a carne, mas segundo o Espírito (Rm 8,
15; Gl 5, 6).
A obra da Salvação não consiste somente em sermos
perdoados de nossos pecados, mas na transformação de nosso coração pecador em
um coração como o de Jesus. Para quem vive no Espírito, a única lei é a lei da
fé que dá a vida.
O Espírito vem transformar o coração do homem. Assim,
aquele que atua animado pelo Espírito o faz em virtude da própria exigência do
amor que habita nele e não pela força de uma imposição exterior.
A ação do Espírito no homem o faz modificar todos os seus
apetites, critérios e valores. Já não segue os desejos da carne. O homem
espiritual habituado pelo Espírito, transformado pelo Espírito, deseja, quer e
faz as obras do Espírito. Vivendo segundo o Espírito não seremos escravos das
obras da carne (cf. Gl 5, 17-18).
Pentecoste: o cumprimento da promessa
Passados alguns dias de Sua ressurreição, Jesus cheio do Espírito
Santo, cumpriu sua promessa: enviou do céu a torrente do Espírito sobre seus
discípulos que estavam em oração com sua mãe Maria (Atos 2, 1-4).
Jesus sempre cumpre o que promete. Passará o céu e a
terra, mas Jesus não deixará jamais de cumprir uma de Suas palavras. Como havia
prometido, tantas vezes aos seus discípulos, enviou do céu o Espírito Santo.
Se o batismo na água marcou o principio da missão
evangelizadora de Cristo, a inauguração da era messiânica, propriamente dita
(da manifestação do “Filho de Deus” aos “filhos de Deus”). O batismo no
Espírito Santo, em Pentecostes, marcou a instauração do reino de Deus sobre a
terra, pelo seu Espírito. É o estabelecimento de uma nova vida espiritual, vida
da graça, principio e penhor, já neste mundo, da vida da glória, na eternidade.
Era chegada a hora da adoração que o Pai quer, a verdadeira adoração, “em
espírito e em verdade” (Jo 4, 23).
É a consumação e a coroação do grande mistério da Páscoa,
a sua plenitude, no dizer de Santo Agostinho (Sermão 43). Assim, Pentecostes
não é somente a festa do Espírito Santo, mas de Cristo, fechando um capítulo da
Historia da Salvação, e abrindo outro, pelo Seu Espírito. Podemos dizer também
que é a grande “festa de aniversario da Igreja”, o natal do Espírito Santo.
A passagem de Cristo sobre a terra tinha que ser
transitória. No entanto, ele soube ficar “até a consumação dos séculos” (Mt 28,
20) pelos seus dois magníficos dons: a presença Eucarística e a presença do Seu
Espírito.
Jesus que não se aventurou em Sua missão apostólica sem a
unção especial do Espírito no batismo, não quis que os seus discípulos
iniciassem os seus trabalhos sem essa unção. Vimos o cuidado de Jesus em mandar
que permanecessem em Jerusalém até serem “revestidos da força do alto” (cf. Lc
24, 49). “Vós sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias”
(Atos 1, 5).
Pentecostes não foi apenas um acontecimento da Igreja
nascente. Pentecostes continua e é ainda hoje: “[...] e rogarei ao Pai e Ele
vos dará um outro Paráclito para que convosco permaneça para sempre” (Jo 14,
16). Fundada a Igreja de Cristo, espalhou-se por toda a terra, governada pelo
Espírito Santo, juntamente com o Pai e o Filho.
Pentecostes continua incessantemente pela ação interior
do Espírito. Permanecem a graça e a virtude de um Pentecostes perene, embora o
Pentecostes histórico tenha passado. A ação universal do Espírito não deixa por
isso de ser sempre fecunda. Quando celebrando a festa de Pentecostes, não
recordamos um mistério passado, um acontecimento longínquo, mas a presença
continuada do Espírito Santo na sua Igreja, como celebra a liturgia do dia:
“... por meio de Cristo Senhor que havia prometido” (Prefácio da Missa de
Pentecostes). Está em nossas mãos o pedir e o receber.
A Experiência do Espírito Santo para hoje
Encontramos-nos na mesma situação dos Apóstolos (Atos 1,
4-5), isto é, “reunidos em Jerusalém”, em oração, esperando o cumprimento da
promessa do Pai, que ouvimos da boca de Jesus, “porque João batizou na água,
mas vós sereis batizados no Espírito Santo”.
A mesma graça que inundou a vida dos Apóstolos é
oferecida a nós hoje. Deus deseja realizar infinitos pentecostes nas nossas
vidas. A experiência de Pentecostes não se limitou a um acontecimento de quase
dois mil anos atrás, Deus deseja que o pentecostes, o derramamento do Espírito
Santo, aconteça na vida de todos os cristãos hoje. É importante salientar que o
pentecostes não é uma experiência reservada para os Apóstolos, para os santos, para
os místicos, mas para todos os homens.
Os habitantes de Jerusalém ao verem a experiência dos
Apóstolos e ouvirem a pregação de Pedro, sentiram os seus corações arderem de
desejo de viverem a mesma experiência e por isso lhes perguntaram: Podemos também
nós, termos a mesma experiência com a Força do Alto? Que devemos fazer para
viver como vocês vivem? E Pedro respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós
seja batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão dos vossos pecados, e
recebereis o dom do Espírito Santo. Pois a Promessa é para vós, para os vossos
filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus”
(Atos 2, 38-39).
A Promessa, o Espírito Santo é para todos e cada um de
nós. A Promessa do Pai, o Espírito Santo, o Outro Paráclito, aquele que
testemunha Jesus em nós.
Jesus nos falou desta promessa de varias maneiras, mas de
forma especial comparou-a a água viva que seria dada a todos aqueles que
cressem, produzindo uma vida nova;
“Se alguém tem sede venha a mim e beba. Quem crê em mim,
como diz a Escritura, de seu seio jorrarão rios de Água Viva. Ele falava do
Espírito que deviam receber os que Nele cressem; pois não havia ainda Espírito,
porque Jesus não fora ainda glorificado” (Jo 7, 37-39).
Qual a condição para receber o Espírito Santo?
A única condição é ter sede, é ter desejo Dele. Querer
beber da Água Viva. Só quem tem sede pede a Jesus que derrame sobre si o rio de
Água Viva. Aquele que tem sede é aquele que reconhece que tem necessidade do
Espírito Santo da mesma forma que necessita do oxigênio para viver. Todo aquele
que tem necessidade do Espírito cria um vazio dentro de si para ser preenchido
por Ele.
“Todo homem tem dentro de si um vazio do tamanho de
Deus!” (Dostoievski).
É aquele que se aproxima do Espírito de mãos vazias,
reconhecendo seu nada, a sua fraqueza. O Espírito é atraído por todos que são
necessitados e pecadores.
CONCLUSÃO
“Eu lhes darei um só coração e os animarei com um
espírito novo: extrairei do seu corpo o coração de pedra, para substituí-lo por
um coração de carne, a fim de que observem as minhas leis, guardem e pratiquem
os meus mandamentos, sejam o Meu povo e Eu o seu Deus (Ez 11, 19-20).
O Senhor fala através do profeta que vai fazer uma
conversão no nosso coração, trocando o nosso coração de pedra por um coração de
carne para que guardemos as suas leis e os seus mandamentos e assim Ele será o
nosso Deus e nós seremos o Seu povo.
Com isso concluímos que é impossível observarmos os
mandamentos de Deus, guardar as Suas leis e praticá-las, se não tiver este
coração novo e este Espírito Novo que o Pai nos promete por meio de Seu Filho
Jesus.
O coração do homem, contaminado pelo pecado, mas salvo
por Jesus, anseia viver uma vida agradável a Deus, mas isto é impossível se o
Espírito Santo não intervier para fazer a renovação interior deste coração. Só
o Espírito Santo poderá renová-lo e transformá-lo.
Deus oferece a água do Espírito Santo a cada um de nós
hoje. Como nós somos batizados e já temos em nós o Espírito de Deus, Ele faz a
nós o convite de nos deixarmos mudar pelo Espírito, a deixar que o Espírito
opere em nós com Seus dons de santificação.
A profundidade do derramamento do Espírito Santo em nós
depende de nossa abertura, de nossa capacidade de receber. Se a nossa abertura
é do tamanho de um pequeno vaso, o Espírito Santo encherá a medida de um
pequeno vaso. Se a nossa abertura é do tamanho de um grande dique, o Espírito
Santo encherá a medida de um grande dique. Deus nos encherá do Espírito Santo
na mesma medida que necessitamos.
Jesus deseja nos dar uma nova “efusão de Seu Espírito
Santo” para transformar as nossas vidas, conhecida como “batismo no Espírito
Santo”, que não é nenhum novo sacramento, e nem a mesma coisa do sacramento do
batismo, onde o rito é ministrado pelo sacerdote. Mas se trata de uma
experiência de um encontro pessoal com Jesus Cristo vivo que age poderosamente
e que muda a nossa vida radicalmente. Esta experiência não depende de sentimentos,
Jesus age independente de sentirmos ou não sua ação.
(Anonimo)
Vivencia (Dicas)
- Agradecer toda obra de salvação realizada por Jesus na
história da humanidade e na nossa vida pessoal. Não nos convertemos para ser
salvos, antes fomos salvos por Jesus para nos convertemos, para vivermos uma
vida nova na Graça de Deus.
- Deus nos amou por primeiro. Não fomos nós que o
escolhemos, Ele quem nos escolheu por primeiro... A Graça de Deus nos resgatou
e nos converteu. Agora queremos cooperar com a Graça e viver uma vida nova no
Espírito Santo.
- Desejemos o Espírito de Deus, o Espírito da Graça...
Que ele jorre dentro do nosso ser como rios de água viva por toda eternidade.
- Bem-aventurados os que são pobres em espírito porque
deles é o Reino dos Céus... Peçamos ao Espírito Santo que venha saciar a nossa
sede e preencher todo o nosso ser. Precisamos dele para sermos novas criaturas
e tudo o mais que seja necessário para a nossa vida e missão.
- Jesus conclui a nossa páscoa, a nossa passagem para uma
vida nova pelo derramamento do seu Espírito. Peçamos a Jesus Ressuscitado que
realize esta páscoa pentecostal na nossa vida, pois acolhemos a graça da
salvação que Ele nos mereceu por sua paixão, morte e ressurreição. Desejemos e
desde já, supliquemos a Jesus o Batismo no Espírito para renascermos para uma
vida nova.
Cantico:
Aviso final: Durante a semana, todos fiquem suplicando a
Jesus o seu Pentecostes, o Batismos no Espírito Santo!
11 - Siloé da 5ª Semana da Páscoa
6ª Vivencia: O amor de Deus unge e batiza.
Neste dia ministrar o batismo no Espírito Santo, a efusão
do Espírito Santo.
12 - Siloé da 6ª Semana da Páscoa
7ª Vivencia: Seguimento de Jesus.
13 - Siloé da 7ª Semana da Páscoa
8ª Vivencia: Discipulado de Jesus Cristo.
Hoje é a conclusão do Reavivamento no Espírito Santo
(integrado com a quaresma e a páscoa). Tendo por base as fichas de inscrição,
encaminhar os Discípulos reavivados para as novas Fraternidades Cristãs de
Jovens (de crianças, de adolescentes), de Adultos e de Casais. As mesmas serão
fechadas logo de início, a fim de que os Discípulos iniciem a etapa do
Desenvolvimento Integral, segundo estipula o MEAD do DJC. Os Discípulos
Servidores Reavivados continuam a caminhar normalmente nos seus respectivos
Ministérios/Apostolados.
Observação: esclarecer aos discípulos que quem caminha
numa Fraternidade Cristã ou Ministério se coloca sob o pastoreio do DJC.
Portanto, os coordenadores são verdadeiros pastores que irão zelar pela vida
das ovelhas. Por parte das ovelhas, espera-se desejo de continuar crescendo com
Jesus, na amizade do Espírito e docilidade para com as orientações do DJC via
acompanhamento e pastoreio dos coordenadores das Fraternidades e Ministérios.
Os Discípulos que caminham em Ministérios, por natureza,
são Discípulos Servidores. Portanto, devem estar mais atento ainda as
responsabilidades que lhe são próprias!
O nosso Método de Evangelização e Acompanhamento de
Discípulos (MEAD) deve ser obedecido fielmente. Portanto, os coordenadores de
Fraternidades e Ministérios não esqueçam de ler com muita atenção a introduão
do Temário da Irmanação (T1).
Fraternalmente,
Pe. Marcos Oliveira
Acompanhante Geral
Na medida do possível, no decorrer da quaresma e da
páscoa voltaremos a atualizar esta postagem com indicações de textos bíblicos e
sugestões de orações.
Atualizada 19 03 13 16:00h