Bom dia Povo
de Deus!
Dia 21 de
maio, terceira segunda-feira, segundo os nossos Estatutos:
Às 19h,
Reunião do
Corpo de Apostolado do DJC,
mas conhecida
como Reunião dos Discípulos Servidores.
A mesma vai
ser realizada separadamente, tendo por referencia a caminhada dos Discípulos
Servidores nos Organismos, priorizando a seguinte ordem de participação: DJC
Local, Específico Geral e Missão.
Roteiro
básico:
19:00h –
Oração inicial (Louvor, súplica ao Espírito Santo e Palavra de Deus)
19:30h –
Formação:
O DCA responsável pelo Organismo ou alguém previamente convidado por
ele ministra a formação. Que seja realmente uma formação ungida, com conteúdo e metodologia.
Tendo em vista a solenidade de Pentecostes, propomos que a formação de hoje seja sobre o Batismo no Espírito Santo. Ver ajuda nos textos logo abaixo.
20:00h –
Encaminhamentos/informações/partilha da caminhada:
Desde a quaresma, estamos vivendo um tempo muito importante que vai culminar no dia de Pentecostes. Nada impede que no Siloé desta semana, os discípulos relembrem o amor de Deus em Jesus, renunciem satanás e suas obras, professem a fé, acolham Jesus novamente como Senhor e Salvador e peçam a efusão do Espírito Santo. No Siloé desta semana, poderia haver a oração para o batismo no Espírito Santo. Ainda dá tempo. Lembrando que o tempo que estamos vivendo direciona para esta realidade, pois Pentecostes é a plenitude da Páscoa, quando Jesus Ressuscitado derrama o seu Espírito sobre os seus discípulos. Além disso, maio é o mes de Maria. E Maria é a grande intercessora para o derramento do Espírito Santo, pois tudo começou com ela no cenáculo de Jerusalém!
De modo estratégico, proponho que no Siloé desta semana seja realizada com autoridade e unção a oração de batismo no Espírito Santo.
E no segundo semestre, em vez do Reavivamento Local, sejam realizados Reavivamentos Específicos para Jovens, Adultos e Casais em finais de semana. Desta forma, vamos organizando cada vez mais os nossos passos.
Quem já está na Fraternidade, faz ou refaz o Reavivamento, só que de um modo específico para a sua faixa etária ou estado de vida. Quem nunca fez, mais já caminha na Fraternidade então terá a oportunidade de faze-lo de um modo específico. E quem ainda não caminha em nenhuma Fraternidade, também poderá fazer o reavivamento e depois já entra em uma Fraternidade existente ou em uma que deva iniciar logo após o Reavivamento Específico. O ideal é que depois do Reavivamento Específico o discípulo que ainda não é de Fraternidade entre em uma Fraternidade nova.
Esses Reavivamentos Específicos deverão ser assumidos pelos Discipulados Específicos, com a ajuda de outros Servidores do DJC Local ou geral. Poderão ser realizados todos antes do kairós. No dia do Kairós, seriam anunciados os horários das Fraternidades Cristãs já existentes, bem como daquelas que estarão iniciando no período. As novas Fraternidades seriam ofertadas como presentes a Jesus Salvador por ocasião da sua festa.
Com estas intruções, todos os anos teríamos:
1 Reavivamento geral no período do carnaval.
1 Reavivamento Local durante a Páscoa (integrando com o temnpo litúrgico, mes de maio e os horários do Siloé)
Reavivamentos Específicos para Jovens, para Adultos e para Casais no segundo semestre, em finais de semana, sempre antes do kairós.
E durante cada um desses Reavivamentos, os Discipulados Específicos já estariam prontos para formar novas Fraternidades Cristãs para acolher os discípulos batizados e reavivados no Espírito Santo para continuar crescendo no seguimento de Jesus.
Tudo isso nos ajuda a trabalhar de um modo organizado e estratégico. O Reavivamento corresponde ao nosso Temário 0 justamente porque o ideal é que a pessoa entre em uma Fraternidade Cristã após fazer o Reavivamento de modo completo e seja batizado no Espírito Santo. O querigma é fundamental para o discipulo crescer de modo espiritual e não ficar patinando na carne ou nas mazelas do homem velho.
Sobretudo nos Reavivamentos Específicos, seria bom utilizar a ficha de inscrição para o Reavivamento que está na apostilla Identidade DJC. Esta ficha, além de organizar os participantes, ajuda um discípulo que já é da Fraternidade a sair convidando outras pessoas para fazer o Reavivamento num final de semana. O que convida torna-se responsável pelo convidado e em ajudá-lo a fazer este Reavivamento, como ajudar no transporte, ficar com os seus filhos, limpar a casa dele enquanto estiver fazendo o Reavivamento, etc
Todos os Reavivamentos devem ser preparados utilizando o subsídio próprio, que é o Temário 0.
No momento ainda não temos a assistencia Geral do reavivamento. Quando esta começar a funcionar, ela vai ajudar justamente na realização de Reavivamentos em toda Obra DJC. Enquanto isso, como Acompanhante geral chamo a responsabilidade para mim e estou disponível para ajudar no que for preciso e possível, seja de um modo direto ou de um modo indireto.
Vamos sistematizar nossos Reavivamentos, pois eles são fundamentais para a caminhda discipular de cada discípulo e para a vocação e missão de toda Obra DJC.
21h – Oração
final (Credo...)
Em tempo:
FORMAÇÃO
Pentecostes - Batismo no Espírito Santo
Nas proximidades da Solenidade de Pentecostes, propomos que a formação seja sobre o Batismo no Espírito Santo (Que é o mesmo que Efusão do Espírito Santo). Lembramos que no DJC o evento que tem por finalidade ministrar esse batismo é o Reavivamento no Espírito Santo.
Eis alguns texto que ajudarão nessa formação:
Texto
1 - O Batismo no Espírito Santo
Frei Raniero Cantalamessa (Pregador Oficial do Papa)
Antes de falar sobre o Batismo no Espírito, é
importante tentar entender do que se trata a Renovação no Espírito. Depois do
Concílio Vaticano II, muitas coisas na vida da Igreja foram renovados - a liturgia,
pastoral, Lei canônica, as constituições das ordens religiosas e os seus
adornos. Embora todas essas coisas sejam importantes, são apenas coisas
externas e ai de nós, se ficarmos por aí e pensar que a tarefa está concluída,
porque não se trata de estruturas, mas almas, que são importantes para Deus.
"É na alma dos homens que a Igreja é bela", escreve São Ambrósio, e,
por conseguinte, é na alma dos homens que ela deve tornar-se bela.
Deus é o autor e o poder
A Renovação é uma renovação em que Deus, não o
homem, é o princípio autor. "Eu, não você", diz Deus, "faço
novas todas as coisas" (Rev 21:5); "Meu Espírito - e Ele sozinho -
podem renovar a face da terra" (ver Salmos 104:30). Desde o ponto de vista
religioso, que tendem a ver as coisas de uma perspectiva ptolemaica: a fundação
existem os nossos esforços - organização, a eficácia das reformas, boa vontade
- com a terra aqui como o centro, que Deus vem para reforçar e coroa, Por Sua
graça e o nosso esforço.
Nós devemos - neste momento a Palavra de Deus
exclama – “ Devolva o poder a Deus” ( PSalm 68:35) porque “ o poder pertence a
Deus” ( PSalm 62:12).
Por muito tempo, nós usurpamos este poder de Deus,
gerenciando-o como se fosse nosso, como se nós fôssemos capazes de governar o
poder de Deus Temos de mudar totalmente nossa perspectiva . Ou seja, a
reconhecer simplesmente que sem o Espírito Santo, nós não podemos fazer nada,
nem ao menos dizer: “ Jesus é o Senhor!” ( I Cor 12:3).
Batismo no Espírito e o Sacramento do Batismo
O Batismo no Espírito não é um Sacramento, mas
está relacionado com um Sacramento, com vários sacramentos, de fato – para os
Sacramentos de iniciação Cristã. O Batismo no Espírito torna real, e de uma
maneira renova a Iniciação Cristã. O relacionamento primário é com o Sacramento
do Batismo. De fato, esta experiência é chamada de Batismo no Espírito
Nós acreditamos que o Batismo no Espírito torna
real e revitaliza nosso batismo. Para entender como um Sacramento que foi
recebido a tantos anos atrás, normalmente logo após nosso nascimento,
subitamente poderia voltar a vida e emanar tanta energia, como muitas vezes
acontece através do batismo no Espírito, é importante olhar para o nosso
entendimento da teologia sacramental.
Teologia católica reconhece o conceito de um
válido, mas "amarrado" Sacramento. Um sacramento é chamado de atado
se o fruto que deverá acompanhar permanece vinculado, devido a alguns
quarteirões que impedem a sua eficácia. Um exemplo extremo desta situação é o
Sacramento do Matrimónio ou a Ordem Sacerdotal recebidas no estado de pecado
mortal. Em tais circunstâncias estes sacramentos não podem conceder quaisquer
graça para as pessoas até o obstáculo do pecado ser eliminado através da
penitência. Quando isso acontecer o sacramento é dito para viver novamente graças
ao caráter indelével e irrevogabilidade do dom de Deus: Deus permanece fiel,
mesmo se formos infiéis, porque Ele não pode negar-se (ver Timóteo 2:13).
No caso do batismo o que é que faz com que os
frutos do Sacramento fiquem vinculados? Os sacramentos não são rituais mágicos
que atuam mecanicamente, sem o conhecimento da pessoa ou desrespeitando
qualquer resposta de sua parte. A sua eficácia é o fruto de uma sinergia ou
cooperação entre Onipotência Divina - na realidade, a graça de Cristo ou o
Espírito Santo - e liberdade humana, porque, como disse Santo Agostinho,
“Aquele que criou você sem sua cooeração, não lhe salvará sem sua cooperação. ”
O opus operatum do batismo, ou seja, uma parte ou
graça de Deus, tem vários aspectos - perdão dos pecados, o dom do teológico
virtudes da fé, esperança e caridade (estes, porém, apenas como uma semente), e
divina filiação-- -- Todos os quais são operados através da ação eficaz do
Espírito Santo. Mas o que faz o opus operantis no batismo - ou seja, o homem
faz parte, constituída por? Consiste de fé! Quem acredita e é batizado será
salvo (Marcos 16:16). Ao lado do batismo, portanto, há outro elemento: a fé do
homem. "Para todos que O receberam, Ele deu o poder de se tornarem filhos
de Deus: aos que crêem no Seu nome" (João 1:13).
Batismo é como um selo divino posto sobre a fé do
homem: depois de ter ouvido a palavra da verdade, o evangelho da salvação, e
ter acreditado no mesmo, que tenha recebido (naturalmente, em batismo), o selo
do Espírito Santo (cf. Efésios 1:13)
Batismo e Confirmação da Fé
No início da Igreja, Batismo foi um evento
poderoso e tão rico em graça que não era necessária uma nova efusão do Espírito
como temos hoje. Batismo era ministrado aos adultos que convertidos de paganism
e que, devidamente instruído, estavam em posição de fazer, por ocasião do
batismo, um ato de fé e uma escolha livre e madura. É suficiente para ler a
Catequese Mistagógica sobre batismo atribuído a Cirilo de Jerusalém tornar-se
consciente da profundidade da fé para aqueles que esperam pelo batismo serem
liderados. Em substância, que chegou ao batismo através de uma verdadeira e
real conversão e, assim, para eles batismo era um verdadeiro lavar, uma
renovação pessoal, bem como um renascimento no Espírito Santo.
As circunstâncias favoráveis que permitiu batismo,
com as origens da Igreja, para operar com tanta força que foi a graça de Deus e
a resposta do homem reunidas ao mesmo tempo, e havia uma perfeita
sincronização.
Batismo na Infância em Ambientes não-cristãos
Mas agora esta sincronização foi quebrada, como
somos batizados quando crianças, e pouco a pouco este aspecto do livre e
pessoal ato de fé já não acontece. Foi substituído em vez por uma decisão por
intermédio de pais ou padrinhos. Quando uma criança cresceu em um ambiente
totalmente cristão, esta fé ainda poderá prosperar, embora a um ritmo mais
lento. Agora, porém, já não é este o caso e nosso ambiente espiritual é ainda
pior do que o que se encontrava no momento da Idade Média. Não é que não haja
vida cristã normal, mas isso agora é a exceção e não a regra.
Nesta situação, raramente, ou nunca, a pessoa
batizada vai chegar à fase de proclamar no Espírito Santo, "Jesus é o
Senhor." E até um chegar neste ponto, todo o resto na vida cristã continua
fora de foco e imaturo. Milagres já não acontecem e nós experimentamos o que
Jesus fez em Nazaré: "Jesus não pôde realizar muitos milagres por causa da
sua falta de fé". (Mt 13. 58)
Vontade de Deus
Aqui, então, é o que eu sinto, é o significado do
batismo no Espírito. É Deus respondendo a esta avaria que tem crescido na vida
cristã no Sacramento do Batismo.
É um fato aceitável que, ao longo dos últimos
anos, tem havido uma certa preocupação por parte da Igreja, entre os bispos,
que os Sacramentos Cristãos especialmente batismo, serão administrados por
pessoas que não irão fazer qualquer uso delas na vida . Como resultado, ele tem
mesmo sido sugerido que o batismo não deve ser administrado a não ser que
existam algumas garantias mínimas de que será cultivada e valorizada pela criança
em questão. Pois não se deve atirar pérolas aos cães, como disse Jesus, e
batismo é uma pérola, porque é fruto do sangue de Cristo.
Mas parece que Deus estava preocupado com esta
situação, mesmo antes de a Igreja ser, e levantou-se aqui e ali na Igreja
movimentos destinados a renovar a iniciação cristã dos adultos. A Renovação
Carismática é um desses movimentos em que a graça principal é, sem dúvida,
ligada ao Batismo do Espírito e ao que vem antes dele.
Lançamento e Confirmação de Fé
A Eficácia na reativação do Batismo consiste em :
finalmente o homem contribui com sua parte - ou seja, ele faz a escolha da fé,
preparada no arrependimento, o que permita o trabalho de Deus tornar livre a si
mesmo e para emanar toda sua força. Isto é como se a tomada estivesse desligada
e a luz ligada". O dom de Deus é finalmente "desvinculada" e o
Espírito é permitida a fluir como uma fragrância na vida cristã.
Para além da renovação da graça do batismo, o
Batismo no Espírito é também uma confirmação do próprio batismo, um
deliberado"sim" para ele, para os seus frutos e os seus compromissos,
e, como tal, também é muito semelhante à Confirmação . Confirmação sendo o
sacramento que desenvolve, confirma, e traz a conclusão do trabalho de batismo.
A partir dele, também, que vem o desejo de um maior envolvimento na dimensão
apostólica e missionária da Igreja que é geralmente observada em quem recebe o
Batismo no Epírito.
Eles se sentem mais inclinados a cooperar com a
criação da Igreja, a pôr-se em Seu serviço em diversos ministérios tanto
clerical e leigos, a testemunha de Cristo - para fazer todas essas coisas que
recordam o acontecimento de Pentecostes e que são acionados no Sacramento da
Confirmação.
O batismo do Espírito não é a única ocasião
conhecido dentro da Igreja para essa revitalização dos sacramentos da
iniciação. Existe, por exemplo, a renovação das promessas batismais na vigília
da Páscoa, e existem os exercícios espirituais, religiosos e as profissões,
muitas vezes chamado de "segundo batismo". E em um nível sacramental
há confirmação.
Também não é difícil descobrir nas vidas dos
santos, a presença de uma efusão espontânea, especialmente na ocasião de sua
conversão. A diferença com o batismo no Espírito, porém, é que ele está aberto
a todo o povo de Deus, pequenp ou grande, e não apenas para aqueles
privilegiados aqueles que fazem os Exercícios Espirituais Inacianos ou fazer
uma profissão religiosa.
A Vontade de Deus na História
De onde esta força extraordinária que nós
experimentamos quando fomos Batizados no Espírito vem?O que estamos a falar não
é apenas uma teoria, mas algo que nós próprios experimentamos e, portanto
pode-se dizer com João "O que ouvimos, o que vimos com os nossos próprios
olhos, o que nossas mãos tocaram , este também anunciará , Para que você também
esteja em comunhão conosco ". (Ver l João 1:1-11 A explicação desta força
está no desejo de Deus - porque Deus está satisfeito em renovar a igreja hoje
por este meio - e isto é suficiente.
Há certamente alguns precedentes bíblicos, como o
disse em Atos 8:14-17, quando Pedro e João, depois de ter ouvido que Samaria
congratulou-se com a Palavra de Deus, foram enviados até lá, oraram por eles, e
lançaram as mãos sobre eles para que pudessem Receber o Espírito Santo. Mas
estes precedentes bíblicos, não são suficientes para explicar a amplitude e a
profundidade da contemporânea manifestação da efusão do Espírito.
Podemos dizer, parafraseando um famoso dito do
Apóstolo Paulo: Em razão dos cristãos, com toda sua organização, não serem
capazes de transmitir o poder do Espírito, Deus estava satisfeito para renovar
os fiéis através da insensatez do Batismo no Espírito. na verdade, teólogos
procuram por uma explicação e por pessoas responsáveis por moderação, mas almas
simples tocam com suas mãos o poder de Cristo no Batismo no Espírito"(1
Cor 12:1-24).
Nós homens e, em particular, os homens da Igreja,
tendem a limitar Deus em Sua liberdade: que tendem a insistir em que ele segue
um padrão obrigatório (os chamados canais de graça) e nos esquecemos de que
Deus é uma torrente que rompe e solto Cria o seu próprio caminho e que o
Espírito sopra onde e como Ele quer (não obstante o papel do ensino da Igreja
para discernir o que realmente vem do Espírito e que não vêm de Deus). No que
consiste o Batismo do Espírito e como ele funciona?
Há um segredo no Batismo do Espírito, misterioso
mover de Deus que é o Sua maneira de se tornar presente, de uma maneira que é
diferente para cada um, porque só Ele conhece o mais íntimo de nós e como agir
na nossa única personalidade Há também a parte externa da comunidade, que é a
mesma para todos e que consiste principalmente de três coisas: amor fraterno,
imposição de mãos, e oração. Estes são não-sacramentais, mas simples elementos
eclesiásticos.
O Espírito Santo Procedendo do Pai e do Filho
De onde vem a graça que experimentamos no Batismo
no Espírito? Dos que estão ao nosso redor? Não! Da pessoa que o recebe? Não!
Ela vem de Deus! Somente podemos dizer que semelhante graça está relacionada ao
batismo, pois Deus age sempre com coerência e credibilidade e Ele não faz e
depois desfaz. Ele honra os compromissos e instituições de Cristo. Uma coisa é
certa – que não são os irmãos quem transmitem o Santo Espírito, mas eles o
invocam na pessoa. O Espírito não pode ser dado a qualquer homem, nem ao Papa
ou a um bispo, porque nenhum homem possui por si mesmo o Espírito Santo.
Somente Jesus pode dar o Espírito Santo; todos os outros não o possuem, pelo
contrário, são possuídos por Ele. Quanto à <> desta graça, podemos falar
de uma nova chegada do Espírito Santo, de uma nova missão do Pai por meio de
Jesus Cristo ou de uma nova unção correspondendo a um novo grau de graça.
xxx
Texto 2 - A
Efusão do Espírito Santo
-
“Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós e sereis minhas
testemunhas até os confins da terra” (Atos 1,8) Jesus, desde sua encarnação até
a oblação sacerdotal na cruz, cumpriu sua missão, como cordeiro imolado que,
com o Seu próprio sangue, conquistou para a humanidade uma redenção eterna ao
oferecer-se a Seu Pai, movido pelo Espírito Santo.
“Eis aí o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo”.O Espírito Santo, presente e operante na MISSÃO DE JESUS é o primeiro
fruto do Seu Sacerdócio e do Seu Senhorio. “Exaltado pela direita de Deus e
tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou-o como vós vedes e
ouvis”.(Atos 2,33).
Jesus glorificado, por sua vez derrama o Espírito
Santo, pelo poder soberano de Deus, para que a Igreja se abrisse à vida, para
que nascesse o novo Povo de Deus, para que se cumprissem as promessas aos
antigos profetas e para que ficasse selada para sempre e em toda a sua
plenitude a nova Aliança (Ler Jr 31,31-33; Ez 36,27; Is 59,21). Essa plenitude
do Espírito Santo foi prometida a todos os que crêem em Jesus como Messias
Filho de Deus, Salvador e Senhor.Jesus é o “Pleno do Espírito Santo” e tudo
quanto faz, brota dele, é fruto da ação fecunda do mesmo Espírito.
Depois de sua ressurreição e antes de sua ascensão
ao céu, Jesus transmite aos seus apóstolos as instruções sobre o Reino de Deus.
Recomenda aos apóstolos que não se afastassem de Jerusalém para esperar o
cumprimento da Promessa do Pai. “Eis que eu vos mandarei o Prometido de meu
Pai. Ele vos recordará todas as coisas”.A promessa do Pai se identifica, pois,
com o Espírito Santo. Com a vinda do
Espírito Santo, a missão de Jesus alcançará a sua plenitude. João Batista havia
dito: “Eu vos batizo na água, mas vem aquele que é mais poderoso do que eu… Ele
vos batizará no Espírito Santo e no Fogo” (Mt 3,11).
Este é o
ponto culminante da instrução de Jesus: os discípulos serão batizados no
Espírito Santo. “Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós e
sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judéia e Samaria e até os
confins da terra” (Atos 1,6-8). Esta afirmação de Jesus é uma chave:
“Recebereis a força do Espírito Santo…”
Manifesta assim, a finalidade direta da Efusão do
Espírito Santo que os apóstolos irão receber. Serão revestidos de uma força
vinda do alto, receberão o Espírito Santo que é uma força divina, uma força de
Deus. Será, pois, uma investidura de poder.
Em virtude dessa FORÇA DIVINA, os discípulos
poderão, à semelhança de Jesus, plenos do Espírito Santo e no poder desse mesmo
Espírito, proclamar a boa nova do Reino de Deus. (Ler Lc 4,1. 14.18.43; At
10,38). Essa mesma força do Alto transformará os missionários em testemunhas de
Jesus ressuscitado e o seu campo de ação será o mundo “até os confins da terra…
”Obedecendo à ordem de Jesus, os apóstolos
permaneceram em Jerusalém… “Todos perseveravam unânimes na oração com algumas
mulheres e Maria, a Mãe de Jesus” (At 1,14).
Ao chegar o
dia de Pentecostes, estavam todos reunido no mesmo lugar, o pequeno núcleo de
apóstolos com Maria, reunidos, juntos, união comunitário de concórdia, amizade
e caridade. “De repente veio do céu um ruído, como se soprasse um vento
impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam reunidos. Apareceram-lhes então
uma espécie de línguas de fogo, que se repartiam e repousaram sobre cada um
deles” (At.2,3). Jesus subiu ao céu e de lá vem o Espírito Santo, força de
Deus, que Ele havia prometido.
O vento impetuoso encheu toda casa indicando
plenitude. As línguas como que de fogo, simbolizavam o Espírito Santo divino,
purificador e santificador, que encheria a todos e os faria dar testemunho
sobre Jesus, um testemunho como que de fogo.
O fogo, na Bíblia, acusa a presença de Deus. “E
pousou sobre cada um deles e ficaram todos cheios do Espírito Santo. E
começaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito os fazia
proclamar”.(Atos 2,3-4).
Movidos pelo Espírito Santo, os apóstolos
começaram a falar em outras línguas e proclamavam “As grandezas de Deus” nos
idiomas próprios dos ouvintes.
É a intervenção de Deus, é a ação salvífica de
Deus que ressuscitou Jesus Cristo, seu filho, ao qual glorificou e lhe
comunicou a plenitude do Espírito Santo.
E Jesus
derramou esse mesmo Espírito sobre os apóstolos, transformados pela EFUSÃO DO
ESPÍRITO SANTO, começaram a proclamar o testemunho de Jesus de uma forma nova e
de maneira diferente, com FORÇA E COM FOGO que o Espírito Santo lhes
transmitia.
A
proclamação das grandezas de Deus era feita com um entusiasmo particular.
Pedro, após a efusão do Espírito Santo, com uma pregação de três minutos, três
mil pessoas foram convertidas, tal era a unção e poder em suas palavras. (Ler
Atos 2,14-41).
O Espírito Santo está sempre presente na
COMUNIDADE CRISTÃ, comunicando-lhe sua “força” e seu “poder” para que seus
membros continuem a missão de ser “testemunhas” de Jesus, cheios de alegria…
O orar em
línguas é um dos sinais de Efusão do Espírito Santo, mas não é o único e nem o
necessário, nem todos receberão este sinal com a efusão. Pelos sacramentos, recebemos o Espírito
Santo, mas continuamos medrosos, com pouca ação, tristes, angustiados, fracos,
como os apóstolos antes da Efusão do Espírito Santo.
A promessa do Pai é para todos os que crerem em
seu filho Jesus, é, portanto, para todos nós. Todos que desejarem, que
buscarem, que pedirem ao Pai, em nome de Jesus, receberão esta plenitude.
“Vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que
lho pedirem” (Lc. 11,13). Arrependei-vos e credes no Evangelho.
“Recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a
fé?” (Atos 19,2). Tomaram conhecimento da Efusão do Espírito Santo sobre os
apóstolos, conforme nos relata as escrituras? Precisamos das doações
carismáticas do Espírito Santo, para que sejamos testemunhas das grandezas de
Deus no mundo de hoje.
O Espírito Santo, a grande promessa do Pai, a alma
de toda missão salvífica de Jesus, continuará, impulsionando os missionários de
todos os tempos para que continuem levando o testemunho de Jesus até os confins
da terra, pois, a BOA NOVA DO EVANGELHO não pode ser detida.
ORAÇÃO: Os apóstolos faziam orações pelos novos
fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo. Visto que não haviam descido sobre
nenhum deles, mas tinham sido somente batizados em nome do Senhor Jesus. Então
lhes impunham as mãos e recebiam o Espírito Santo (At 8, 14,17). Ler, meditar o
livro dos Atos dos Apóstolos, os textos citados e outros. Orar de preferência
em grupo.
Precisamos da comunidade para receber com maior
plenitude a Efusão do Espírito Santo: “Senhor Deus, criador do céu e da terra,
que prometestes o Espírito Santo a todos que lho pedirem em nome de Jesus,
concede a teus servos a Efusão do Espírito Santo para que possamos pregar a tua
palavra com toda “força e poder”, para que continuemos a missão de sermos
testemunhas de Jesus.”
Frutos que
confirmam a Efusão do Espírito Santo em nossas vidas:Com nossa abertura ao
Espírito Santo e à sua ação soberana, virão frutos de santidade e carismas para
edificar a Igreja.
A vida nova do Espírito Santo gera frutos que se
percebem aqui e ali…- Conversão interior radical e transformação profunda de
vida;
- Luz
poderosa para compreender melhor os mistérios de Deus e seu plano de Salvação;-
Novo compromisso pessoal com Jesus Cristo;
- Abertura
sem restrição à ação do Espírito Santo;
- Exercício
ativo das virtudes teologais: fé, amor, esperança;
- Entrega
generosa ao serviço dos demais, dentro da Igreja;
- Gosto
pela oração e amor à Sagrada Escritura;
- Busca
ardente dos sacramentos da reconciliação e da Eucaristia;
-
Revalorização da missão da Virgem Maria no plano da redenção;
- Amor à
Igreja e suas instituições;
- Força divina para dar testemunho de Jesus em
toda parte;
- Anseio de
um ilimitado campo de apostolado…
A Efusão
do Espírito Santo é, portanto uma investidura de poder, não é um sacramento. O
homem torna-se cristão mediante um processo que compreende:
- Conversão e a fé em Jesus Cristo;
- Recepção
dos sacramentos de iniciação; batismo, confirmação, eucaristia. Todo aquele que
recebeu os sacramentos da iniciação cristã torna-se Filho de Deus, foi
incorporado a Cristo morto e ressuscitado, recebem o dom do Espírito Santo e
pode participar da Eucaristia, banquete da Nova Aliança.A oração para “Efusão
do Espírito Santo”, geralmente feita mediante a imposição de mãos, num gesto
sensível de amor fraterno, consiste na oração, cheia de fé e esperança, que uma
comunidade eleva a Jesus glorificado para que derrame seu Espírito, de maneira
nova e em maior abundância, fazendo surgir na criatura um relacionamento novo
com o Espírito Santo, para realizações das “Missões Divinas”.
(Palestra baseada nos livros: Renovação no
Espírito Santo e O Espírito Santo na Igreja dos Atos dos Apóstolos, de Salvador
Carrilho Alday)
xxx
Texto 3 – BATISMO
NO ESPÍRITO SANTO
INTRODUÇÂO
“Eu vos
mandarei o Prometido de meu Pai, entretanto permanecei na cidade, até que
sejais revestidos da força do alto” (Lc 24, 49), (cf. Atos 1, 4-8; Joel 3,
1-5).
Os textos proféticos diretamente referentes ao
envio do Espírito Santo são oráculos em que Deus fala ao coração de seu Povo na
linguagem da promessa, com as tônicas do “amor e da fidelidade”, cujo
cumprimento S. Pedro proclamará na manhã de Pentecostes. Segundo essas
promessas, nos “últimos tempos” o Espírito do Senhor renovará o coração dos
homens, gravando neles uma Lei Nova; reunirá e reconciliará os povos dispersos
e divididos; transformará a criação primeira; e Deus habitará nela com os
homens na paz (CIC 715).
Desfigurado pelo pecado e pela morte, o homem continua sendo “à imagem
de Deus”, à imagem do Filho, mas é “privado da Glória de Deus”, privado da
“semelhança”. A promessa feita a Abraão inaugura a Economia da Salvação, no fim
da qual o próprio Filho assumirá “a imagem” e a restaurará na “semelhança” com
o Pai, restituindo-lhe a Glória, o Espírito “que dá a vida” (CIC 705).
Contra
toda esperança humana, Deus promete a Abraão uma descendência, como fruto da fé
e do poder do Espírito Santo. Nela serão abençoadas todas as nações da terra.
Esta descendência será Cristo, no qual a efusão do Espírito Santo fará “a
unidade dos filhos de Deus dispersos”. Ao comprometer-se por juramento, Deus já
se compromete a dar seu Filho bem-amado e “o Espírito da Promessa”... que
prepara a redenção do Povo que Deus adquiriu para si (CIC 706).
Pela fé
recebemos e somos selados pelo Espírito Prometido (cf. Gl 3, 14; Ef 1, 13).
É
somente quando chega à Hora em que vai ser Glorificado que Jesus Promete a
vinda do Espírito Santo, pois sua Morte e Ressurreição serão o cumprimento da
Promessa feita aos Apóstolos: o Espírito de Verdade, o Paráclito, será dado
pelo Pai a pedido de Jesus; Ele será enviado pelo Pai em nome de Jesus; Jesus o
enviará de junto do Pai, pois Ele procede do Pai. O Espírito Santo virá, nós o
conheceremos, Ele estará conosco para sempre, Ele permanecerá conosco; Ele nos
ensinará tudo e nos lembrará de tudo o que Jesus nos disse, e Dele dará
testemunho; conduzir-nos-á à verdade inteira e glorificará a Cristo. Quanto ao
mundo, confundi-lo-á em matéria de pecado, de justiça e de julgamento (CIC
729).
A Graça de Deus nos impulsiona a viver o Evangelho
Necessita-se ter Jesus como Senhor e que aceitar Jesus como Senhor da
nossa vida é viver a vida segundo o Evangelho. Porém freqüentemente temos a
tendência de nos acostumarmos com certos tipos de comportamentos que vão se
tornando hábito para nós. Quando Jesus entra em nossa vida Ele “desarruma a
nossa casa” de muitas formas. Lutamos muito para mudar certos hábitos que
temos, mas parece que quanto mais tentamos mais difícil fica de superar certas
dificuldades. Nessas horas acontece que muitas pessoas querem desistir de
caminhar com Jesus, porque não têm forças para cumprir com toda a mentalidade
do Evangelho.
Jesus
conhece nosso coração e sabe de que somos feitos. Ele sabe que somos fracos,
pecadores e sabe também que somente com nossas forças jamais conseguiríamos
viver nem sequer uma linha do Evangelho. A conversão de nossas vidas não vem na
frente da Salvação operada por Cristo em nós. A conversão é fruto da Salvação.
A ordem nova trazida por Cristo é pecado - salvação - conversão. Em primeiro
lugar está o “dom” de Deus, está à obra de Deus e depois a resposta do homem,
não vice-versa. Não são os homens que de repente mudaram de vida, de
mentalidade de hábitos, começando a fazer o bem, mas é Deus quem agiu na vida
do homem através da sua salvação, dada de forma gratuita e, a partir daí o
homem pode realizar as boas obras que Deus tem preparado para ele.
Diante
das exigências do Evangelho nos sentimos muitas vezes desanimados porque elas
parecem muito maiores do que nós, no entanto a Boa Nova do Evangelho é
vivenciada por Graça de Deus, pelo Dom de Deus e não pelas nossas forças
somente. Tudo o que Deus nos pede para viver Ele nos deus antes a graça de
viver, por isto o Evangelho não é algo impossível de ser vivido não é um peso
colocado sobre os ombros dos homens, mas Deus nos dá a graça de viver suas
exigências, a vida elevada que Ele tem preparado para nós. Por isto todas as
situações de nossas vidas podem ser mudadas, por mais difíceis que elas sejam,
podemos vencer os pecados mais graves das nossas vidas porque todas estas
coisas não são vencidas somente por nossas próprias forças, mas juntamente com
a graça de Deus.
O que é
preciso fazer da nossa parte é acolher a Boa Nova de Deus como uma criança e
acolher a Boa Nova como uma criança é acolhê-la como uma graça, como um dom,
não como algo conquistado apenas pelas nossas próprias forças. As crianças
reconhecem que tudo o que elas precisam não podem conseguir sozinhas, então
elas pedem aos pais as coisas de que precisam, porque sabem que são amadas por
eles, sabem que são seus filhos, que são herdeiras de tudo. Desta forma a idéia
de recompensa, de mérito, de mortificação, de renúncia, de vivência das
virtudes é colocada no seu devido lugar porque todas estas coisas são vividas
não para conquistarem a Salvação, pelo contrário, são vividas por causa da
Salvação de Jesus. Nós podemos fazer as boas obras do Evangelho porque fomos
salvos e não para alcançarmos a Salvação.
Esse
novo modo de viver é-nos dado por graça, é “como as moedinhas que um pai põe,
ás escondidas, no bolso do filho, a fim de que possa comprar-lhe um presentinho
na festa do papai” (Frei Raniero Cantalamessa). Portanto, a conquista do
Evangelho pelo homem, a sua libertação espiritual, não depende do seu esforço,
não provém dos seus próprios meios e forças, mas do “poder de Deus”, da graça
de Deus.
A
Salvação não pode ser conquistada “para além da fé”, “para além de Cristo”. Nós
não podemos traçar uma via de Salvação para nos libertarmos das nossas dores,
dos nossos pecados, dos nossos problemas. Jesus não só nos deu o exemplo, mas
deu-nos, além do exemplo.
“O
Evangelho cristão é o ‘Evangelho da Graça’ (At 14, 3). Ai de nós se nos
esquecermos! No cristianismo, a primeira coisa não é o dever, mas o dom. ‘Amar
a Deus de todo o coração’ é o primeiro mandamento; sim, mas não é a primeira
coisa, porque antes do primeiro mandamento está o dom: ‘Nós o amamos porque Ele
nos amou primeiro” (I Jo 4, 19) (Frei Raniero Cantalamessa). O Amor nos é
mandado porque antes nos é dado (Carta Encíclica Deus Caritas Est). As boas obras são importantes, mas elas
são frutos da ação da graça de Deus em nossas vidas: “Não nos salvamos pelas
boas obras, mas da mesma maneira não nos salvamos sem as boas obras” (Concílio
de Trento).
Jesus promete o Espírito Santo
Durante
o Seu ministério público, Jesus promete aos discípulos o dom do Espírito Santo
para os tempos que sucederão depois Dele, promete-o como dom permanente à
Igreja para que, após a sua morte, ela não fique na orfandade (Jo 15, 18-21).
Um pouco
antes de Sua morte Jesus disse aos seus discípulos umas palavras misteriosas:
“No entanto, eu vos digo a verdade: é de vosso interesse que eu parta, pois, se
eu não for o Paráclito não virá a vós. Mas se eu for, enviá-lo-ei a vós” (Jo
16, 7).
Quando
ressuscitou, Jesus apareceu aos seus discípulos falando-lhes de coisas
referentes ao Reino de Deus, deu-lhes a ordem de não se afastarem de Jerusalém,
mas esperarem o cumprimento da Promessa do Pai, da qual tanto lhes havia falado
durante seu ministério (cf. Lc 24, 49; Atos 1, 5; 1, 8).
Quando
Jesus falava da vinda do Espírito Santo chamava-a “A Promessa do Pai”.
Tratava-se, portanto, de um compromisso de Deus com os homens através de Jesus,
que veio trazer uma vida nova, mas ela não poderia ser vivida sem o Espírito
Santo e sem um Coração Novo. Portanto era necessário que Deus cumprisse a
Promessa feita através dos profetas Ezequiel e Jeremias (Ez 11, 19-20; Jr 31,
33). O coração do homem só pode ser mudado por Deus. É preciso, pois, a
renovação interior do homem pelo Espírito de Deus que o transformará.
O Espírito prometido nos dará Vida Nova
O
Espírito é prometido como dom pessoal, não como uma força que capacita alguém
para uma missão especifica, como ocorreu no Velho Testamento. Ele é prometido
para ficar conosco permanentemente e não ocasionalmente como já havia
acontecido.
A
novidade do Evangelho não é Jesus dando uma nova lei, mas dando-nos Seu
Espírito para que Ele, Jesus, possa viver em nós. Dá-nos Seu Espírito para não
só para que O conheçamos, mas para que possamos viver Sua vida, tendo um
procedimento, não segundo a carne, mas segundo o Espírito (Rm 8, 15; Gl 5, 6).
A obra
da Salvação não consiste somente em sermos perdoados de nossos pecados, mas na
transformação de nosso coração pecador em um coração como o de Jesus. Para quem
vive no Espírito, a única lei é a lei da fé que dá a vida.
O
Espírito vem transformar o coração do homem. Assim, aquele que atua animado
pelo Espírito o faz em virtude da própria exigência do amor que habita nele e
não pela força de uma imposição exterior.
A ação
do Espírito no homem o faz modificar todos os seus apetites, critérios e
valores. Já não segue os desejos da carne. O homem espiritual habituado pelo
Espírito, transformado pelo Espírito, deseja, quer e faz as obras do Espírito.
Vivendo segundo o Espírito não seremos escravos das obras da carne (cf. Gl 5,
17-18).
Pentecoste: o cumprimento da promessa
Passados
alguns dias de Sua ressurreição, Jesus cheio do Espírito Santo, cumpriu sua
promessa: enviou do céu a torrente do Espírito sobre seus discípulos que
estavam em oração com sua mãe Maria (Atos 2, 1-4).
Jesus sempre cumpre o que promete. Passará o céu e
a terra, mas Jesus não deixará jamais de cumprir uma de Suas palavras. Como
havia prometido, tantas vezes aos seus discípulos, enviou do céu o Espírito
Santo.
Se o batismo na água marcou o principio da missão
evangelizadora de Cristo, a inauguração da era messiânica, propriamente dita
(da manifestação do “Filho de Deus” aos “filhos de Deus”). O batismo no
Espírito Santo, em Pentecostes, marcou a instauração do reino de Deus sobre a
terra, pelo seu Espírito. É o estabelecimento de uma nova vida espiritual, vida
da graça, principio e penhor, já neste mundo, da vida da glória, na eternidade.
Era chegada a hora da adoração que o Pai quer, a verdadeira adoração, “em
espírito e em verdade” (Jo 4, 23).
É a consumação e a coroação do grande mistério da
Páscoa, a sua plenitude, no dizer de Santo Agostinho (Sermão 43). Assim,
Pentecostes não é somente a festa do Espírito Santo, mas de Cristo, fechando um
capítulo da Historia da Salvação, e abrindo outro, pelo Seu Espírito. Podemos
dizer também que é a grande “festa de aniversario da Igreja”, o natal do
Espírito Santo.
A passagem de Cristo sobre a terra tinha que ser
transitória. No entanto, ele soube ficar “até a consumação dos séculos” (Mt 28,
20) pelos seus dois magníficos dons: a presença Eucarística e a presença do Seu
Espírito.
Jesus que não se aventurou em Sua missão
apostólica sem a unção especial do Espírito no batismo, não quis que os seus
discípulos iniciassem os seus trabalhos sem essa unção. Vimos o cuidado de
Jesus em mandar que permanecessem em Jerusalém até serem “revestidos da força
do alto” (cf. Lc 24, 49). “Vós sereis batizados com o Espírito Santo dentro de
poucos dias” (Atos 1, 5).
Pentecostes não foi apenas um acontecimento da
Igreja nascente. Pentecostes continua e é ainda hoje: “[...] e rogarei ao Pai e
Ele vos dará um outro Paráclito para que convosco permaneça para sempre” (Jo
14, 16). Fundada a Igreja de Cristo, espalhou-se por toda a terra, governada
pelo Espírito Santo, juntamente com o Pai e o Filho.
Pentecostes continua incessantemente pela ação
interior do Espírito. Permanecem a graça e a virtude de um Pentecostes perene,
embora o Pentecostes histórico tenha passado. A ação universal do Espírito não
deixa por isso de ser sempre fecunda. Quando celebrando a festa de Pentecostes,
não recordamos um mistério passado, um acontecimento longínquo, mas a presença
continuada do Espírito Santo na sua Igreja, como celebra a liturgia do dia:
“... por meio de Cristo Senhor que havia prometido” (Prefácio da Missa de
Pentecostes). Está em nossas mãos o pedir e o receber.
A Experiência do Espírito Santo para hoje
Encontramos-nos na mesma situação dos Apóstolos (Atos 1, 4-5), isto é,
“reunidos em Jerusalém”, em oração, esperando o cumprimento da promessa do Pai,
que ouvimos da boca de Jesus, “porque João batizou na água, mas vós sereis
batizados no Espírito Santo”.
A mesma
graça que inundou a vida dos Apóstolos é oferecida a nós hoje. Deus deseja
realizar infinitos pentecostes nas nossas vidas. A experiência de Pentecostes
não se limitou a um acontecimento de quase dois mil anos atrás, Deus deseja que
o pentecostes, o derramamento do Espírito Santo, aconteça na vida de todos os
cristãos hoje. É importante salientar que o pentecostes não é uma experiência
reservada para os Apóstolos, para os santos, para os místicos, mas para todos
os homens.
Os
habitantes de Jerusalém ao verem a experiência dos Apóstolos e ouvirem a
pregação de Pedro, sentiram os seus corações arderem de desejo de viverem a
mesma experiência e por isso lhes perguntaram: Podemos também nós, termos a
mesma experiência com a Força do Alto? Que devemos fazer para viver como vocês
vivem? E Pedro respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de Jesus Cristo para a remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do
Espírito Santo. Pois a Promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos
os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus” (Atos 2, 38-39).
A
Promessa, o Espírito Santo é para todos e cada um de nós. A Promessa do Pai, o
Espírito Santo, o Outro Paráclito, aquele que testemunha Jesus em nós.
Jesus
nos falou desta promessa de varias maneiras, mas de forma especial comparou-a a
água viva que seria dada a todos aqueles que cressem, produzindo uma vida nova;
“Se
alguém tem sede venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, de
seu seio jorrarão rios de Água Viva. Ele falava do Espírito que deviam receber
os que Nele cressem; pois não havia ainda Espírito, porque Jesus não fora ainda
glorificado” (Jo 7, 37-39).
Qual a condição para receber o Espírito Santo?
A única
condição é ter sede, é ter desejo Dele. Querer beber da Água Viva. Só quem tem
sede pede a Jesus que derrame sobre si o rio de Água Viva. Aquele que tem sede
é aquele que reconhece que tem necessidade do Espírito Santo da mesma forma que
necessita do oxigênio para viver. Todo aquele que tem necessidade do Espírito
cria um vazio dentro de si para ser preenchido por Ele.
“Todo homem tem dentro de si um vazio do tamanho
de Deus!” (Dostoievski).
É aquele que se aproxima do Espírito de mãos
vazias, reconhecendo seu nada, a sua fraqueza. O Espírito é atraído por todos
que são necessitados e pecadores.
CONCLUSÃO
“Eu lhes
darei um só coração e os animarei com um espírito novo: extrairei do seu corpo
o coração de pedra, para substituí-lo por um coração de carne, a fim de que
observem as minhas leis, guardem e pratiquem os meus mandamentos, sejam o Meu
povo e Eu o seu Deus (Ez 11, 19-20).
O Senhor
fala através do profeta que vai fazer uma conversão no nosso coração, trocando
o nosso coração de pedra por um coração de carne para que guardemos as suas
leis e os seus mandamentos e assim Ele será o nosso Deus e nós seremos o Seu
povo.
Com isso
concluímos que é impossível observarmos os mandamentos de Deus, guardar as Suas
leis e praticá-las, se não tiver este coração novo e este Espírito Novo que o
Pai nos promete por meio de Seu Filho Jesus.
O
coração do homem, contaminado pelo pecado, mas salvo por Jesus, anseia viver
uma vida agradável a Deus, mas isto é impossível se o Espírito Santo não
intervier para fazer a renovação interior deste coração. Só o Espírito Santo
poderá renová-lo e transformá-lo.
Deus
oferece a água do Espírito Santo a cada um de nós hoje. Como nós somos
batizados e já temos em nós o Espírito de Deus, Ele faz a nós o convite de nos
deixarmos mudar pelo Espírito, a deixar que o Espírito opere em nós com Seus
dons de santificação.
A
profundidade do derramamento do Espírito Santo em nós depende de nossa
abertura, de nossa capacidade de receber. Se a nossa abertura é do tamanho de
um pequeno vaso, o Espírito Santo encherá a medida de um pequeno vaso. Se a
nossa abertura é do tamanho de um grande dique, o Espírito Santo encherá a
medida de um grande dique. Deus nos encherá do Espírito Santo na mesma medida
que necessitamos.
Jesus
deseja nos dar uma nova “efusão de Seu Espírito Santo” para transformar as
nossas vidas, conhecida como “batismo no Espírito Santo”, que não é nenhum novo
sacramento, e nem a mesma coisa do sacramento do batismo, onde o rito é
ministrado pelo sacerdote. Mas se trata de uma experiência de um encontro
pessoal com Jesus Cristo vivo que age poderosamente e que muda a nossa vida
radicalmente. Esta experiência não depende de sentimentos, Jesus age
independente de sentirmos ou não sua ação.
Além do mais...
Seria bom
que todos os Discípulos Servidores adquirissem as camisas oficias do DJC
(papo-amarelo), tendo a identificação do seu Apostolado ou Discipulado
Específico na parte detrás. Falar com os Conselheiros Gerais.
A Campanha
das notas fiscais e a conscientização de um modo geral para que todos possam
ajudar a Obra DJC continua firme e forte. Maiores informações com a Rizete.
Quem puder
ajudar no chá-de-panela da casa da Fraternidade de Aliança, falar com a
Graziela. Redes, lençois, panelas, toalhas, material de limpeza, etc tudo é bem vindo na Fraternidade de Aliança. Desta forma vamos equipando nossa casa para bem acolher os DCAs que vem para reuniões ou outras atividades.
Boa reunião!
Graça e Paz!
Pe. Marcos
Oliveira
Texto atualizado no dia 20/05/12 as 15:30h