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18 de out. de 2012

Encontro de Aliança 22-10-12


 
 

Local: Sedes dos Organismos

 

Hora: 19:00h

 

Ordem de prioridade para participação: DJCs Locais, Específicos Gerais e Missões.

 

Dirigencia: DCA responsável pelo Organismo.

 

Roteiro:

 

19:00h – Oração

Louvor,

Súplica ao Espírito Santo

Palavra de Deus (1Cor 12,29-31)

 

19:30h – Formação

 

Quanto menos DCAs, porém mais formados, melhor para o DJC !?

 

"Ora, vocês são o corpo de Cristo e são membros dele, cada um no seu lugar. Aqueles que Deus estabeleceu na Igreja são, em primeiro lugar, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres... A seguir vêm os dons dos milagres, das curas, da assistência, da direção e o dom de falar em línguas. Por acaso, são todos apóstolos? Todos profetas? Todos mestres? Todos realizam milagres? Têm todos o dom de curar? Todos falam línguas? Todos as interpretam? Aspirem aos dons mais altos. Aliás, vou indicar para vocês um caminho que ultrapassa a todos". (1Cor 12,29-31)

 

 

Realizo essa reflexão para ajudar, dentro das suas limitações, na caminhada e discernimento do DJC no seu conjunto. Obviamente, as grandes decisões e encaminhamentos são tomados pelo Conselho Geral, órgão supremo de governo do DJC. Todavia, espero que essa reflexão seja um ponto de partida para o direcionamento de algo fundamental dentro da obra: o conjunto dos DCAs e, por tabela, os vocacionados à obra. Essa reflexão se faz, também, tendo como pano de fundo o seguinte: ainda não temos consagrados de aliança. Desta forma, quem garante a caminhada do DJC são os DCAs. Em outra situação essa ponderação, talvez, não precisaria ser realizada.

 

 

Todo e qualquer movimento ou nova comunidade dentro da Igreja Católica sobrevive, acima de tudo, graças a ação do Espírito Santo. Isso é indiscutível, pois se não fosse assim não teríamos realmente Igreja, mas apenas um aglomerado qualquer de pessoas com objetivos e finalidades diversas. Fica mais do que claro que quem mantém toda a estrutura da Igreja é o Espírito Santo. Para embasar a minha reflexão é preciso que isso fique bem claro. Quem manda mesmo é o Espírito Santo. É ele quem dá a cara e substância ao trabalho de evangelização.

 

 

Entretanto, é também verdade que a estrutura de evangelização se mantém graças a participação generosa de muitas pessoas que doam parte (ou totalmente) de suas vidas para que a Palavra de Deus seja anunciada. Essa doação pode vir por meio da dedicação do tempo ou dinheiro e, em muitos casos, dos dois. Sem a ação dessas pessoas a evangelização, tal como a concebemos hoje, se tornaria inviável, pois Deus que tudo pode fazer por meio do Espírito Santo, "quis precisar de cada um de nós".

 

 

Uma terceira verdade que se impõe, a luz da caminhada de toda a Igreja ao longo do tempo e, especialmente no tempo presente, é que é necessário, para o bom êxito da missão evangelizadora, que exista uma espinha dorsal que possa manter todo o restante do corpo em "ordem de batalha". Certamente, cada membro tem sua função específica e imprescindível (1Cor 12,12). No entanto, é a espinha dorsal que forma e concede força ao corpo. Sem ela o restante dos membros não consegue se sustentar e manter o movimento dinâmico e sincronizado necessário á sobrevivência.

 

 

Em assim sendo, o DJC tem que cada vez mais se preocupar com a sua espinha dorsal, sem, obviamente, esquecer-se do restante do corpo, ou seja, dos servidores, membros e participantes. A espinha dorsal do DJC, uma vez que ainda não temos a consagração, são os DCAs. São eles que, por meio da oração e da ação, conseguem manter o corpo todo do DJC de pé. Sem eles, agindo sob a graça do Espírito Santo, tudo desmorona.

 

 

E quando falo em me preocupar mais com a espinha dorsal quero colocar duas reflexões básicas.

 

 

A primeira se refere a formação, cada vez mais aprofundada, dos DCAs que já estão na caminhada. Boa vontade apenas não fala tanto ao mundo de hoje. É preciso dialogar e evangelizar com o mundo moderno. Para tanto, formação cristã, sólida, continuada e sistêmica é essencial. Não se trata da letra pela letra; não é uma formação apenas no sentido de aprender um conteúdo, mas no sentido de adquirir as armas necessárias para a batalha moderna. Isso já estamos fazendo em cada 2ª segunda-feira através das formações que são ministradas. Essa índole formativa deve ser continuada, sem interrupções ou maquiagens, nas 4ª segundas-feiras e, não menos importante, na vida pessoal de cada DCA por meio de leituras do Catecismo da Igreja Católica e de outros bons subsídios católicos, incluindo o Irmanador e os Temários de MOPD.

 

 

A segunda reflexão é que devemos ter mais zelo com a formação de quem está chegando. Na atual turma de vocacionados, dadas as grandes turbulências e indefinições, não foi possível garantir uma formação a contento e mais sólida. Não adianta "tapar o sol com a peneira". Até mesmo a presença física de muitos vocacionados ficou comprometida, seja por questões de ordem particular, profissional e até mesmo política (o que é bem grave).

 

 

A não presença já dificulta o processo de amadurecimento vocacional e formativo. Entretanto, a conjectura do momento salvaguarda tal situação. O que não podemos é repetir, nos anos vindouros, essa situação. Precisamos formar, de maneira mais clara e direta, o conjunto dos vocacionais que, via de regra, poderão vir a ser os novos DCAs, espinhal dorsal do DJC.

 

 

Para isso entendo que precisamos reduzir o número de vocacionados. Quanto menos melhor. O número de membros e servidores, a meu ver, deve ser constantemente aumentado. A pressão sobre esses não pode estar no mesmo patamar dos DCAs, pois corre-se o risco de não ficar ninguém. É preciso caminhar por etapas. Já o número de DCAs, sobretudo na ausência de consagração, não necessariamente precisa ser aumentado.

 

 

Quanto menos DCAs, porém mais formados, melhor para o DJC. O Papa Bento XVI, certa vez, fez uma reflexão importante a cerca do binômio quantidade-qualidade no cristianismo. Os dois devem caminhar juntos. Devemos nos preocupar com um e com outro. Entretanto, o primeiro é fruto imediato do segundo. Caso o segundo fique seriamente comprometido o primeiro não chega nem a existir. O Papa, com outras palavras, dizia que para o conjunto da Igreja é mais importante a existência de cristãos convictos do que muitos cristãos perdidos no tempo e no espaço. Os frutos do primeiro grupo é mais duradouro.

 

 

Essa é a mesma reflexão que fazemos aqui. E a faço porque muita gente dentro do DJC só imagina a Obra de Evangelização funcionando se tiver muita gente. O caminho não é esse. Muitas comunidades, que possuem milhares de membros e atuação nacional e internacional se mantém com cerca de 1.500 consagrados, incluindo consagrados de vida e de aliança. E por que fazem isso? Porque sentiram na pele, ao longo de todos esses anos, que é melhor "um pássaro na mão do que dois ou mais voando". E esses, bem formados, garantem a permanência e revigoramento do carisma da comunidade.

 

 

O DJC, de modo análogo, comparando-se o seu raio de ação, já se encontra nesse patamar. Em termos comparativos, o número de DCA que possuímos já se equipara ao das grandes comunidades. Desta forma, o nosso foco deve estar em aumentar o grau de oração e formação dos que já estão e, acima de tudo, transmitir isso para os que estão chegando.

 

 

Não falo em parar os encontros vocacionados. Particularmente, fico muito preocupado quando a saída adotada, em qualquer instância do DJC, é dar uma parada em algo ou em alguém. Tal atitude denota certa ineficiência nossa. E tal atitude, que se configura como extraordinária na sua essência, não pode se transformar em algo ordinário, pois perde seu objetivo e mística. Por isso, não falo em parar. Falo em reorganização mediante redirecionamento formativo e redução do número de membros. Até mesmo o acompanhamento do processo vocacional, momento decisivo da caminhada, irá melhorar com a redução do número de candidatos.

 

 

Como vimos na exortação de São Paulo aos coríntios é evidente que a espinha dorsal da Igreja eram os apóstolos. Eles vieram em primeiro lugar. Em segundo os profetas e depois os mestres, e assim por diante. Existe uma clara hierarquia. E ela existe não para encher "os primeiros" de orgulho, mas de responsabilidade. Os apóstolos tinham bem claro isso em sua mente. E a sucessão apostólica continua  com os bispos do mundo todo, que permanecem sendo a espinha dorsal da Igreja. O Papa também é "o bispo de Roma".

 

 

Entretanto, para não cair no orgulho, mesmo sendo os primeiros responsáveis pela missão evangelizadora, São Paulo faz uma segunda e importante exortação: "Pelo que vejo, Deus reservou o último lugar para nós que somos apóstolos, como se estivéssemos condenados à morte, porque nos tornamos espetáculo para o mundo, para os anjos e para os homens! Nós somos loucos por causa de Cristo; e vocês, como são prudentes em Cristo! Nós somos fracos, vocês são fortes! Vocês são bem considerados, nós somos desprezados! Até agora passamos fome, sede, frio e maus tratos; não temos lugar certo para morar; e nos esgotamos, trabalhando com nossas próprias mãos. Somos amaldiçoados, e abençoamos; perseguidos, e suportamos; caluniados, e consolamos. Até hoje somos considerados como o lixo do mundo, o esterco do universo". (1Cor 4,9-13)

 

 

Francisco Edmar

MGDI

 

 

20:30h - Caminhada Discipular

 

- Prestação de contas do organismo

 

- Informações, encaminhamentos.

 

21:00h - Oração final/despedida

 
Observação:

Embora esta formação de hoje seja só para os DCAs, seria muito bom que todos Vocacionados pudessem ao menos ler, para tomarem conhecimento dos novos passos e direcionamentos que estamos dando como DJC.

Nos momentos de partilha, nada de rabujice. Tudo deve ser conversado e rezado tendo em vista o bem da Obra DJC, e a irmandade entre todos deve ser sempre conservada.


Fraternalmente,

Pe. Marcos Oliveira