Local: Sedes dos Organismos
Hora: 19:00h
Ordem de prioridade para participação: DJCs Locais, Específicos Gerais
e Missões.
Dirigencia: DCA responsável pelo Organismo.
Roteiro:
19:00h – Oração
Louvor,
Súplica ao Espírito Santo
Palavra de Deus (1Cor 12,29-31)
19:30h – Formação
Quanto menos DCAs, porém mais formados, melhor para o DJC !?
"Ora, vocês são o corpo de Cristo e são membros dele, cada um no
seu lugar. Aqueles que Deus estabeleceu na Igreja são, em primeiro lugar,
apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres... A seguir
vêm os dons dos milagres, das curas, da assistência, da direção e o dom de
falar em línguas. Por acaso, são todos apóstolos? Todos profetas? Todos
mestres? Todos realizam milagres? Têm todos o dom de curar? Todos falam
línguas? Todos as interpretam? Aspirem aos dons mais altos. Aliás, vou indicar
para vocês um caminho que ultrapassa a todos". (1Cor 12,29-31)
Realizo essa reflexão para ajudar, dentro das suas limitações, na caminhada
e discernimento do DJC no seu conjunto. Obviamente, as grandes decisões e
encaminhamentos são tomados pelo Conselho Geral, órgão supremo de governo do
DJC. Todavia, espero que essa reflexão seja um ponto de partida para o
direcionamento de algo fundamental dentro da obra: o conjunto dos DCAs e, por
tabela, os vocacionados à obra. Essa reflexão se faz, também, tendo como pano
de fundo o seguinte: ainda não temos consagrados de aliança. Desta forma, quem
garante a caminhada do DJC são os DCAs. Em outra situação essa ponderação,
talvez, não precisaria ser realizada.
Todo e qualquer movimento ou nova comunidade dentro da Igreja Católica
sobrevive, acima de tudo, graças a ação do Espírito Santo. Isso é indiscutível,
pois se não fosse assim não teríamos realmente Igreja, mas apenas um aglomerado
qualquer de pessoas com objetivos e finalidades diversas. Fica mais do que
claro que quem mantém toda a estrutura da Igreja é o Espírito Santo. Para
embasar a minha reflexão é preciso que isso fique bem claro. Quem manda mesmo é
o Espírito Santo. É ele quem dá a cara e substância ao trabalho de
evangelização.
Entretanto, é também verdade que a estrutura de evangelização se mantém
graças a participação generosa de muitas pessoas que doam parte (ou totalmente)
de suas vidas para que a Palavra de Deus seja anunciada. Essa doação pode vir
por meio da dedicação do tempo ou dinheiro e, em muitos casos, dos dois. Sem a
ação dessas pessoas a evangelização, tal como a concebemos hoje, se tornaria
inviável, pois Deus que tudo pode fazer por meio do Espírito Santo, "quis
precisar de cada um de nós".
Uma terceira verdade que se impõe, a luz da caminhada de toda a Igreja
ao longo do tempo e, especialmente no tempo presente, é que é necessário, para
o bom êxito da missão evangelizadora, que exista uma espinha dorsal que possa
manter todo o restante do corpo em "ordem de batalha". Certamente,
cada membro tem sua função específica e imprescindível (1Cor 12,12). No
entanto, é a espinha dorsal que forma e concede força ao corpo. Sem ela o
restante dos membros não consegue se sustentar e manter o movimento dinâmico e
sincronizado necessário á sobrevivência.
Em assim sendo, o DJC tem que cada vez mais se preocupar com a sua
espinha dorsal, sem, obviamente, esquecer-se do restante do corpo, ou seja, dos
servidores, membros e participantes. A espinha dorsal do DJC, uma vez que ainda
não temos a consagração, são os DCAs. São eles que, por meio da oração e da
ação, conseguem manter o corpo todo do DJC de pé. Sem eles, agindo sob a graça
do Espírito Santo, tudo desmorona.
E quando falo em me preocupar mais com a espinha dorsal quero colocar
duas reflexões básicas.
A primeira se refere a formação, cada vez mais aprofundada, dos DCAs
que já estão na caminhada. Boa vontade apenas não fala tanto ao mundo de hoje.
É preciso dialogar e evangelizar com o mundo moderno. Para tanto, formação
cristã, sólida, continuada e sistêmica é essencial. Não se trata da letra pela
letra; não é uma formação apenas no sentido de aprender um conteúdo, mas no
sentido de adquirir as armas necessárias para a batalha moderna. Isso já
estamos fazendo em cada 2ª segunda-feira através das formações que são
ministradas. Essa índole formativa deve ser continuada, sem interrupções ou
maquiagens, nas 4ª segundas-feiras e, não menos importante, na vida pessoal de
cada DCA por meio de leituras do Catecismo da Igreja Católica e de outros bons
subsídios católicos, incluindo o Irmanador e os Temários de MOPD.
A segunda reflexão é que devemos ter mais zelo com a formação de quem
está chegando. Na atual turma de vocacionados, dadas as grandes turbulências e
indefinições, não foi possível garantir uma formação a contento e mais sólida.
Não adianta "tapar o sol com a peneira". Até mesmo a presença física
de muitos vocacionados ficou comprometida, seja por questões de ordem
particular, profissional e até mesmo política (o que é bem grave).
A não presença já dificulta o processo de amadurecimento vocacional e
formativo. Entretanto, a conjectura do momento salvaguarda tal situação. O que
não podemos é repetir, nos anos vindouros, essa situação. Precisamos formar, de
maneira mais clara e direta, o conjunto dos vocacionais que, via de regra,
poderão vir a ser os novos DCAs, espinhal dorsal do DJC.
Para isso entendo que precisamos reduzir o número de vocacionados.
Quanto menos melhor. O número de membros e servidores, a meu ver, deve ser
constantemente aumentado. A pressão sobre esses não pode estar no mesmo patamar
dos DCAs, pois corre-se o risco de não ficar ninguém. É preciso caminhar por
etapas. Já o número de DCAs, sobretudo na ausência de consagração, não
necessariamente precisa ser aumentado.
Quanto menos DCAs, porém mais formados, melhor para o DJC. O Papa Bento
XVI, certa vez, fez uma reflexão importante a cerca do binômio
quantidade-qualidade no cristianismo. Os dois devem caminhar juntos. Devemos
nos preocupar com um e com outro. Entretanto, o primeiro é fruto imediato do
segundo. Caso o segundo fique seriamente comprometido o primeiro não chega nem
a existir. O Papa, com outras palavras, dizia que para o conjunto da Igreja é
mais importante a existência de cristãos convictos do que muitos cristãos
perdidos no tempo e no espaço. Os frutos do primeiro grupo é mais duradouro.
Essa é a mesma reflexão que fazemos aqui. E a faço porque muita gente
dentro do DJC só imagina a Obra de Evangelização funcionando se tiver muita
gente. O caminho não é esse. Muitas comunidades, que possuem milhares de
membros e atuação nacional e internacional se mantém com cerca de 1.500
consagrados, incluindo consagrados de vida e de aliança. E por que fazem isso?
Porque sentiram na pele, ao longo de todos esses anos, que é melhor "um
pássaro na mão do que dois ou mais voando". E esses, bem formados, garantem
a permanência e revigoramento do carisma da comunidade.
O DJC, de modo análogo, comparando-se o seu raio de ação, já se
encontra nesse patamar. Em termos comparativos, o número de DCA que possuímos
já se equipara ao das grandes comunidades. Desta forma, o nosso foco deve estar
em aumentar o grau de oração e formação dos que já estão e, acima de tudo,
transmitir isso para os que estão chegando.
Não falo em parar os encontros vocacionados. Particularmente, fico
muito preocupado quando a saída adotada, em qualquer instância do DJC, é dar
uma parada em algo ou em alguém. Tal atitude denota certa ineficiência nossa. E
tal atitude, que se configura como extraordinária na sua essência, não pode se
transformar em algo ordinário, pois perde seu objetivo e mística. Por isso, não
falo em parar. Falo em reorganização mediante redirecionamento formativo e
redução do número de membros. Até mesmo o acompanhamento do processo
vocacional, momento decisivo da caminhada, irá melhorar com a redução do número
de candidatos.
Como vimos na exortação de São Paulo aos coríntios é evidente que a
espinha dorsal da Igreja eram os apóstolos. Eles vieram em primeiro lugar. Em
segundo os profetas e depois os mestres, e assim por diante. Existe uma clara
hierarquia. E ela existe não para encher "os primeiros" de orgulho,
mas de responsabilidade. Os apóstolos tinham bem claro isso em sua mente. E a
sucessão apostólica continua com os
bispos do mundo todo, que permanecem sendo a espinha dorsal da Igreja. O Papa
também é "o bispo de Roma".
Entretanto, para não cair no orgulho, mesmo sendo os primeiros
responsáveis pela missão evangelizadora, São Paulo faz uma segunda e importante
exortação: "Pelo que vejo, Deus reservou o último lugar para nós que somos
apóstolos, como se estivéssemos condenados à morte, porque nos tornamos
espetáculo para o mundo, para os anjos e para os homens! Nós somos loucos por
causa de Cristo; e vocês, como são prudentes em Cristo! Nós somos fracos, vocês
são fortes! Vocês são bem considerados, nós somos desprezados! Até agora
passamos fome, sede, frio e maus tratos; não temos lugar certo para morar; e
nos esgotamos, trabalhando com nossas próprias mãos. Somos amaldiçoados, e
abençoamos; perseguidos, e suportamos; caluniados, e consolamos. Até hoje somos
considerados como o lixo do mundo, o esterco do universo". (1Cor 4,9-13)
Francisco Edmar
MGDI
20:30h - Caminhada Discipular
- Prestação de contas do organismo
- Informações, encaminhamentos.
21:00h - Oração final/despedida
Embora esta formação de hoje seja só para os DCAs, seria muito bom que todos Vocacionados pudessem ao menos ler, para tomarem conhecimento dos novos passos e direcionamentos que estamos dando como DJC.
Nos momentos de partilha, nada de rabujice. Tudo deve ser conversado e rezado tendo em vista o bem da Obra DJC, e a irmandade entre todos deve ser sempre conservada.
Fraternalmente,
Pe. Marcos Oliveira