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15 de jun. de 2012

Encontro dos Discípulos Servidores 18 06 12


Boa tarde discípulos de Jesus.



Efetivando nosso Método de Evangelização e Acompanhamento de Discípulos de um modo sistemático, estamos aproveitando todos os encontros das segundas-feiras para ir repassando formações mais profundas, embasadas em bons textos de escritores que conhecemos como sendo boas fontes de informações e formações.



Por isso é importante que os responsáveis pelos encontros das segundas-feiras vejam com antecedência quem vai ministrar a formação, façam xerox, ou preparem quadro com giz etc



Pois formação não é conversa fiada nem só repeteco; é estudo profundo e em clima de oração.



Desta forma, toda segunda-feira vamos formando os discípulos de um modo mais profundo, pois somente desta maneira vão conhecendo a doutrina de Deus e quanto mais a conhecem mais a amam.



Uma segunda é só DCAs, outra tem os Servidores...



Mas se os DCAs aprendem toda segunda-feira, então depois também vão ensinando os outros no decorrer da caminhada, sem esquecer que mesmo sem participar das formações dos DCAs, os outros discípulos também podem estudar em casa os mesmos textos, etc





Eis o roteiro:



19:00h – Oração inicial

Louvor,

Súplica ao Espírito Santo

Palavra de Deus (1 Coríntios 12)

Meditação partilhada em oração



19:30h – Formação: Dom de línguas (se não foi possível alguém preparar bem a formação com o quadro-negro e giz, que ao menos sejam distribuídas xerox de ao menos um dos texto abaixo, e o texto seja lido e aprofundado com os comentários de todos. Neste caso propomos que seja o texto 2, do Frei Raniero)





Texto 1: Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo



"É Ele que vos batizará no Espírito Santo e no fogo" (Mt 3,11)... Esta promessa vai ter seu cumprimento, externo e visível ao mesmo tempo, no dia de Pentecostes: "Então apareceram línguas como de fogo. (...) Todos ficaram repletos do Espírito Santo" (At 2,3-4).



Igualmente a palavra de Jesus: "Eu vim para atear fogo sobre a terra" (Lc 12,49), refere-se ao dom do Espírito, ou ao menos o inclui. Quanto a Paulo, também ele, implicitamente compara o Espírito ao fogo, recomendando que não se deve "apagar" o Espírito (cf. 1Ts 5,19).



Para descobrir o que é que a Revelação quis nos dizer com isto, devemos ver o que o fogo simboliza na Bíblia. Vamos então descobrir que o fogo tem múltiplos significados, alguns positivos, outros negativos. O fogo ilumina (como no caso da coluna de fogo, no Êxodo), aquece, inflama, devora os inimigos, punirá por toda a eternidade os ímpios.



Mas, entre todos esses significados, há um que se destaca e predomina sobre os outros: o fogo purifica. Também a água simboliza muitas vezes a purificação, mas com uma diferença importante que a própria Bíblia enfatiza: "...o ouro, a prata, o ferro, o estanho e o chumbo, tudo o que pode resistir ao fogo, deveis passar pelo fogo para que seja purificado. (...) O que não resistir ao fogo, fareis passar na água lustral" (Nm 31,22-23).



O fogo é o símbolo de uma purificação mais profunda, radical. A água purifica por fora, o fogo também por dentro. Canta o salmista: "Examina-me, Senhor, e submete-me à prova, purifica no fogo meus rins e coração" (Sl 26,2). As coisas preciosas - o ouro, no âmbito material, a fé no espiritual - são provadas no fogo (cf. 1Pd 1,7)...



A esta luz se deve compreender também a definição de Deus como um "fogo devorador". A sua santidade e simplicidade não toleram mistura alguma, e põem a nu todo o mal e o devoram. Somente quem afasta de si o mal "poderá agüentar um fogo devorador" (cf. Is 33,14s). em certo sentido, o título de "fogo" limita-se a explicitar o adjetivo de "Santo" que acompanha o nome "Espírito". O Espírito é fogo porque é Santo...



Em Pentecostes - escreve Cirilo de Jerusalém - os apóstolos receberam "o fogo que queima os espinhos dos pecados e dá esplendor à alma"...



Um antigo responsório que se recitava no Ofício de Pentecostes diz: "Sobreveio um fogo divino, que não queima, mas ilumina, não consome, mas brilha; encontrou os corações dos discípulos como receptáculos puros e distribuiu entre eles os seus dons e carismas"...



Resumindo esta tradição sobre o fogo de Pentecostes, dotado do poder de criar e destruir, um grande poeta moderno escreve: "A pomba desce, fendendo os ares, com chama incandescente de terror, e as línguas declaram que a única esperança (ou desespero) está na escolha entre queimar ou queimar, ser remidos do fogo pelo Fogo".



Nós "escolhemos" passar pelo fogo que redime para não sofrer um dia o fogo do juízo que destrói...



A partir deste momento, o Espírito começa a agir como um fogo, não mais porém como fogo que purifica e refunde, mas como fogo que aquece e inflama... A Liturgia resgata esse ensinamento quando nos faz dizer, na Missa de Pentecostes: "Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor", e ainda, na Seqüência: "Aquece o que está frio"...



Santo Efrém Sírio cantou profunda e poeticamente esta prerrogativa do Espírito de aquecer, fecundar e derreter o gelo do pecado, que faz a alma ficar rígida de frio: "Com o calor, tudo amadurece; / graças ao Espírito, tudo é santificado: / símbolo evidente! / O calor derrete o gelo dos corpos: / o mesmo faz o Espírito com a impureza dos corações. / Ao primeiro calor, saltam os bezerrinhos na primavera; / assim também os discípulos, quando o Espírito desceu sobre eles. / O calor rompe os troncos do inverno que mantêm flores e frutos prisioneiros: graças ao Espírito Santo, / quebra-se o jugo do maligno, / que impede à graça desabrochar. / O calor desperta o seio da terra adormecida: / o mesmo faz o Espírito Santo com a Igreja".



Também para João da Cruz, são dois os efeitos da Chama viva de amor: ela purifica a alma e lhe infunde força, vivacidade e ardor por Deus. Não se contenta em purificar-nos do pecado, mas prolonga a sua ação em nós até nos fazer "fervorosos no Espírito" (Rm 12,11). Comporta-se como o fogo quando se apega à lenha úmida: primeiro o expurga, arrancando-lhe com barulho todas as impurezas, depois o inflama progressivamente, até que se torne toda incandescente e ela mesma se transforme em fogo.



Concretamente, isto quer dizer que o Espírito Santo nos preserva de cair na tibieza e, se por acaso já tivermos caído na tibieza ou estivermos caindo, livra-nos dela. Da tibieza não se pode sair sem uma intervenção do Espírito Santo, intervenção nova, decisiva. Podemos vê-lo na vida dos apóstolos. Antes de Pentecostes, eram pessoas tíbias. Não eram capazes de vigiar uma hora, discutiam sempre quem seria o maior, ficavam espantados diante de qualquer ameaça. Mas, que diferença depois que sobre eles vieram pairar as línguas de fogo. A partir daquele momento, tornaram-se a viva imagem do zelo, do fervor e da coragem. Fervorosos no pregar, no louvar a Deus, no fundar e organizar as Igrejas e, enfim, no sacrificar a vida por Cristo...



Pouco adianta dizer: é preciso aplicar à doença da tibieza o remédio do fervor! É como dizer a um doente que o remédio para o seu mal é a saúde, ignorando que justamente este é o seu problema: a falta de saúde. Não, o remédio para a tibieza não é o fervor, mas é o Espírito Santo. O fervor é o contrário da tibieza, não é o remédio para ela.



Com isto há uma esperança também para nós. Se nos parece diagnosticar em nós os sintomas deste "mal obscuro" da vida espiritual - a tibieza - se descobrimos que estamos apagados, frios, apáticos, insatisfeitos com Deus e com nós mesmos, existe remédio, e é infalível: precisamos de um belo e santo Pentecostes! Com o auxílio da graça, é possível sair da tibieza. Houve grandes santos que, como eles mesmos o admitiram, se tornaram santos depois de um longo período de tibieza. É o que desejamos pedir ao Espírito Santo.



Frei Raniero Cantalamessa, OFM



Extraído de: Cantalamessa, Raniero. O canto do Espírito. Meditações sobre o Veni Creator. Petrópolis: Vozes, 1998, pp. 120-137.





Texto 2: O segredo das Línguas estranhas (Dom de Línguas)



Estas foram as últimas palavras pronunciadas por Jesus ao se despedir de seus Discípulos deixando em suas mãos estas recomendações para continuar a sua obra neste mundo.



Jesus já não estaria mais presente entre nós, mas enviaria o Espírito Santo dentro de poucos dias, para lhes dar poder e ousadia em tudo que deveriam realizar.



Jesus já não poderia mais realizar tudo aquilo que realizava, indo às multidões, curando, ressuscitando mortos, perdoando os pecados e levando o evangelho do Reino de Deus aos pequeninos, mas como antes, os discípulos sozinhos nem sempre alcançavam o objetivo proposto por Jesus e acabavam dormindo, barrados pela tempestade ou até mesmo fracassando, Jesus então usa da palavra para lhes confirmar que além daquelas coisas que Ele costumava fazer, outras coisas bem maiores do que aquelas eles deveriam realizar desde que realmente acreditassem n’Ele de todo coração. Claramente podemos entender que estas palavras foram ditas antes do dia de Pentecostes como uma previsão do que viria após o cumprimento da Promessa do Pai.



Gostaria de falar hoje apenas de uma destas coisas que aconteceriam e que não faziam o menor sentido para aqueles que estavam ouvindo Jesus naquele exato momento.



Falareis novas Línguas…



Você bem sabe o quanto é difícil estudar uma outra língua no mundo de hoje, imagine o quanto era mais difícil ainda falar uma outra língua diferente naquela época, já que não existiam escolas e nem profesores, poucos eram os mestres e muito tempo deveria ser dedicado para que alguém aprendesse falar outra língua com fluência. Se nos referissemos àqueles homens “rudes” que seguiam Jesus então, que na sua grande maioria eram apenas pescadores e não homens cultos e de boa formação acadêmica, se bem que Jesus também chamou pessoas deste nível, mas que não ouviram o seu chamado, logo, quem deveria falar aos estrangeiros seria mesmo os pescadores que mal sabiam falar sua própria língua.



A proposta do Pai era levar o evangelho a todo ser vivo, sair das fronteiras de Israel, já que a promessa da “NOVA ALIANÇA” se estenderia não somente aos Judeus, mas englobava como um enxerto à videira as outras nações que antes eram consideradas como “Excluídas” e como filhos pródigos sem direito aos Dons Divinos.



Para executar este plano, os discípulos de Jesus deveriam sair de Jerusalém e testemunhar às nações que não lhes entenderiam, já que falavam aramaico e não a linguagem natural de outros povos, isto seria uma grande barreira, pior do que a tempestade que Jesus acalmou, mas para este problema Jesus já tinha a solução e já comunicava aos Discípulos que eles iriam FALAR NOVAS LÍNGUAS.



Como ? e Por que ?



O Porque deve ter ficado claro nesta abertura acima, uma vez que era a vontade de Deus que a mensagem de Jesus se espalhasse pela Terra e a todas as nações e línguas sem acepção de nenhuma delas até alcançar a todo ser humano que vive sobre a Terra, certamente para se chegar a esse objetivo, deveríamos falar a língua daquelas nações para onde iríamos pregar e ensinar a palavra de Deus.



Nenhum deles, porém, poderia imaginar como isto iria acontecer, no entanto ninguém ousou interpelar Jesus com a pergunta duvidosa semelhante aquela de Nicodemos, “como pode um homem velho entrar no seio de sua mãe e nascer de novo?”, também ninguém ousou dizer o que São Tomé disse a São Pedro “Eu só acredito Vendo!”, ou talvés com uma nova indagação, “só quero saber como !”. Se eu nunca fui a uma escola, não sei ler, nem escrever, muito menos falarei uma língua diferente da minha! Até mesmo para este texto Deus já tinha dado uma resposta no passado, quando o Profeta Jeremias se justificou dizendo ser apenas uma criança que nem sabia falar, Deus lhe respondeu prontamente dizendo: “Não digas isto, porquanto irás procurar todos aqueles aos quais te enviar, e a eles dirás o que eu te ordenar.”.



Podemos também incluir o Profeta Ezequiel como um bom exemplo, pois o mesmo ficou totalmente mudo logo após ouvir o chamado do Senhor, se você hoje conhece a mensagem de Ezequiel, foi porque contornando a sua mudez ele escrevia tudo que via e toda a vontade de Deus para o povo de Israel.



Em obediência a Jesus todos ficaram no Cenáculo em Jerusalém esperando o cumprimento das promessas Divinas, promessas que foram feitas mais de 500 anos antes, e sabe-se lá por quanto tempo ainda teriam que esperar ?



Lá estavam todos reunidos no Cenáculo, esperando algo que nem imaginavam, enquanto a cidade se enchia de Judeus provenientes de varias regiões proximas a Israel que vinham cumprir seus preceitos religiosos perante Deus no lugar onde se deveria adorar e fazer as suas ofertas como convinha a todos aqueles que amavam o Senhor.



Portanto eram pessoas fiéis e dispostas a observar a vontade de Deus que se achegavam das extremidades da terra para o centro onde estava o Senhor todo Poderoso.



Quando chegou o dia exato da principal festa dos Judeus, momento em que todos já estavam reunidos em torno do “CENTRO” veio o vento impetuoso e as chamas que repousaram sobre aqueles que estavam em oração esperando o cumprimento das promessas, o resultado foi um despertar e o aparecimento deste falar em Línguas diferentes e que todos movidos por um impulso interior começaram a pregar e anunciar o evangelho em diversas línguas diferentes que foram enumeradas por São Pedro nos Atos dos Apóstolos 2, 8 a 12.



Este foi o primeiro passo da Igreja após o retorno de Jesus para o céu, claramente um primeiro passo dado na direção de se alcançar pessoas que não estavam ali onde Jesus viveu, alcançar pessoas que Jesus não havia alcançado com seus milagres e levar enfim a palavra de Deus a todos os cantos da terra, já que o principal impecilho “a linguagem” não existia mais, porque Deus lhes deu um Dom que economizou anos de escola e em um só momento conquistou mais de cinco mil pessoas de diversas nações e lugares diferentes que já se tornaram uma “espécie” de semente lançada ao vento que iriam produzir fruto bem distante daquele lugar que até aquele dia era o centro do universo.



Passado aquele primeiro momento, porém, podemos perceber que estes mesmos discípulos não se afastaram muito deste centro e permaneciam ali mesmo pregando e ensinado os próprios Judeus, muitos dos quais haviam conhecido Jesus enquanto estava vivo. Alguns até achavam que só deveriam levar a salvação somente a seu próprio povo, mas mesmo assim a Igreja crescia e se desenvolvia se espalhando entre o povo, era uma nova maneira de se viver na presença de Deus.



Mas, e o Dom de Línguas ?



Me perdoem, mas eu não me esqueci deste detalhe, afinal é o tema que estamos falando, muitas pessoas defendem que este Dom só teria se manifestado no dia de Pentecostes, outros dizem que Deus usou este Dom somente nos primeiros dias e nunca mais Ele teria ocorrido na Igreja, mas a verdade é que de tão normal que ele se tornou no princípio, que não precisava ficar se referindo a algo que acontecia rotineiramente no meio do povo Cristão, podemos comprovar isto quando São Pedro visita Cornélio em Atos 10, 46 e lá acontece o mesmo que aconteceu em Pentecostes com um homem que não era Judeu, tanto é, que isto foi motivo de espanto entre os “CIRCUNCISOS” vendo que o Espírito Santo “TAMBÉM” havia se manifestado em não Judeus ou pagãos como se dizia, já que não faziam parte do povo escolhido de Deus como aquela mulher Samaritana.



Quando São Paulo chegou a Éfeso pela primeira véz, encontrou doze homens já batizados com o batismo de São João e indagou deles sobre o Espírito Santo, do qual responderam que nada sabiam, ao serem batizados por São Paulo começaram a falar em Línguas e profetizar como os outros anteriormente, e estes homens nunca tinham ouvido falar sobre este assunto antes.



São Paulo dedicou três capitulos de sua primeira carta aos Corítios 12, 13 e 14 esclarecendo diversos assuntos sobre o uso de um Dom chamado Línguas e claramente durante todos estes anos era mais do que normal pessoas serem batizadas e receberem imediatamente o Dom de Línguas.



No entanto, São Paulo deixa bem claro que falar em Línguas não significa nada se nós não amarmos o nosso irmão como Jesus nos amou, porque Dom é um instrumento de uso imediato e passageiro e que na verdade não passa de algo terreno para uso terreno em edificação de uma comunidade, fora desse objetivo não teria nenhum valor ou função para o ser humano ou para Deus.



Nossos irmãos em Corítios cometiam diversos erros em relação ao uso do Dom de Línguas, por isso São Paulo lhes escreveu para corrigir os desvios e abusos que lá aconteciam.



Hoje podemos dizer que estamos sujeitos aos mesmos problemas que os Coríntios estavam; duvidar da veracidade do Dom, desenvolver falsos dons imitando o Dom verdadeiro, deixar o inimigo nos enganar com falsos Dons de Línguas, valorizar um Dom acima de outro Dom, expor o Dom de Línguas em locais impróprios, usar o Dom de Línguas sem nenhum objetivo e etc.



São Paulo começa nos revelando que os Dons são reais e verdadeiros e que somente o Espírito Santo pode nos dar, não nos pertence e nem servirá para nossa glória pessoal a não ser para a edificação da Igreja que não nos pertence e ainda deixa bem claro que quando a Igreja já estiver edificada de nada mais servirão, logo, enquanto a Igreja estiver na sua caminhada neste mundo os Dons continuam mais que necessários até que venha o grande Dia do Senhor e Ele arrebate a sua Imaculada Esposa “A Santa Igreja” para os Céus.



Na teoria é isto, na prática as coisas mudam de figura, porque precisamos aperfeiçoar a nossa maneira de agir e usar os Dons do Espírito Santo, para isso é que existe o Magistério e nossos pastores para auxiliar a Igreja a vivenciar estas maravilhas de Deus.



Li a poucos dias alguém dizendo que; enquanto o Papa não proibir o uso do Dom de Línguas, a RCC pode achar que esta certo fazer o que faz, mas ele não é obrigado a aceitar este Dom em sua vida e nem manifestar algo que não acredita, sendo assim ele não poderia contestar algo que o Magistério não contesta oficialmente mas se reserva o direito de ter a sua opinião particular sobre o assunto.



Esclarecendo o que ele disse na verdade, apesar da Igreja não ter se manifestado oficialmente contra o uso dos Dons Espírituais ele se reserva no direito de não aceitar estes Dons em sua vida, mas por respeito à autoridade do Papa se limitará em dizer que esta é uma opinião particular.



Eu vejo que a resistência e a insistência de varias alas da Igreja contra os Dons Espírituais diminue a cada dia, pois como poderemos combater algo que esteja escrito nas escrituras sagradas e aprovadas pelo Magistério da Igreja no passado como verdadeiramente inspiradas pelo Espírito Santo, nos resta apenas corrigir os erros e atitudes improprias daqueles que abusam por falta de conhecimento e ou por orgulho próprio mesmo, cometendo um grande pecado contra o Espírito Santo.



Como poderia eu dizer que a RCC é perfeita, primeiro seria uma grande mentira, depois a RCC só tem 42 anos de existência em que se redescobriu estes Dons que sempre estiveram presentes na Igreja e sempre à nossa disposição, mas que, por ignorância foram ficando desconhecidos e quase esquecidos, salvo que O Magistério Santo, preservou este conhecimento bem guardado nas escrituras sagradas e hoje podemos voltar a ser como os primeiros Cristãos foram, quando estavam totalmente apaixonados por Jesus e cheios do Espírito de Deus.



Dom de Línguas é apenas um detalhe desta história, um detalhe muito evidente que desafia o nosso orgulho intelectual, nosso conhecimento e a nossa sabedoria humana, no entanto, revela a sabedoria Divina, o pensamento íntimo do Pai na sua simplicidade de estar falando com um filho totalmente dependente de sua vontade.



Quem gostaria de perder um jogo de xadrês, ou uma partida de futebol? ninguém, não é mesmo? Mas, é o que acontece quando deixamos o Dom de línguas agir em nossos lábios e nossos corações, já que nosso intelecto não dirigi as palavras apesar de poder controla-las quando quiser, porém só farão efeito na Igreja as palavras não controladas que fluem de nossos lábios com o nosso consentimento e sem a nossa interferência. É complicado dizer isto e não ter uma fórmula para dizer como isso acontece, já que cada pessoa deverá aprender que somente ela pode abrir ou fechar a porta do seu coração e da mesma forma deixar fluir de seus lâbios uma mensagem Divina sem incluir as suas próprias palavras misturadas com as do Pai.



Somente a prática pode purificar nossos erros e nos dar o discernimento daquilo que realmente vem do Pai e não do homem, se impedirmos os Dons de Deus de se manifestarem em nosso meio, porque não os entendemos bem ou porque é melhor ficar com o que é sólido do que com é suspeito, jamais iremos aperfeiçoar o nosso discernimento e jamais poderemos dizer que sabemos com certeza que o mal não esteja nos vendendo gato por lebre ou nos oferecendo a morte em nome da sabedoria.



Vou terminar este texto com um conselho de São Paulo:



Aspirai aos dons superiores. E agora, ainda vou indicar-vos o caminho mais excelente de todos.(I Coríntios 12,31)



Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.(I Coríntios 13,1)



Assim, pois, irmãos, aspirai ao dom de profetizar; porém, não impeçais falar em línguas.(I Coríntios 14,39)



Frei Raniero Cantalamessa, OFM





Texto 3: Na Língua dos Anjos - A Bênção de Orar em Línguas



Como orar em línguas? Prezados amigos, quando passei a participara da Renovação Carimática Católica achei muito entranha a oração em línguas. Confesso que fiquei meio assustado. Depois comecei aos poucos. Umas pessoas de Lages/SC estiveram aqui em Vacaria/RS e nos ensinaram. A partir de então descobri a bênção que é orar em línguas, o mais comum dos dons carismáticos. O Padre Antonello Cadedu ensina que o dom de línguas é a estrada pela qual vêm todos os demais dons e carismas.



Comece devagar, não tenha pressa....



Vamos lá, concentre tua mente no Senhor, invoque o Espírito Santo e comece: laira, laira, laira, laira......



Depois outras expressões vão surgindo e dom vai se aperfeiçoando.



Abaixo, vamos ver, ouvir e orar em línguas cantando "Na Língua dos Anjos".



Acrescento à postagem, este preciosíssimo texto do Monsenhor Jonas Abib, a respeiro da oração em línguas.



Os efeitos maravilhosos da oração em línguas



Não dê ouvidos ao que os outros dizem a respeito do dom de orar em línguas. Prometa reservar um tempo, todos os dias, para orar em línguas pela sua ressurreição, pela ressurreição dos seus. Repita para você mesmo:



Eu preciso de ressurreição, por isso preciso orar na língua dos anjos. Eu necessito da língua no Espírito, para que esse orvalho recaia sobre mim, sobre todas as situações que me oprimem e angustiam. É o Senhor quem me dá a solução dos problemas insolúveis que eu enfrento.



E lembre-se: “Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo” (1Cor 14,4a).



Quem ora em línguas ressuscita, reconstrói e edifica a si mesmo. Não nos desfaçamos das armas mais poderosas que temos. Tenho presenciado os efeitos maravilhosos desse orvalho do Espírito Santo sobre a vida das pessoas. Leia o testemunho de uma senhora:



'Muitas vitórias tenho conseguido no meu casamento com a oração em línguas. Diariamente, imponho as mãos sobre meu marido, dormindo. Oro por ele em línguas um longo tempo, pois sei das grandes responsabilidades que pesam sobre ele, causando-lhe um sono muito agitado. Mas tenho constatado que, quando oro em línguas por ele à noite, ele amanhece com outra disposição. O mesmo faço com meu filho, um jovem de 21 anos. Muitas vezes, vou ao seu quarto, entro bem devagarzinho, imponho-lhe as mãos e oro em línguas.'



Os jovens precisam de muita oração! Muitas vezes, palavras e conselhos não levam a nada. Mas esse orvalho que vem do Alto entra como ondas magnéticas naquele por quem oramos. E ali o divino acontece. Quando paramos de murmurar e começamos a orar, as situações mudam. A cada dia, portas se abrem para que oremos sempre mais em línguas!



Deus abençoe você!



Monsenhor Jonas Abib









Texto 4: Como receber esse dom?



Nós, os batizados, temos em nós a presença do Espírito Santo de uma maneira especial, isto é, pela graça do sacramento, que ‘realiza em nós aquilo que significa’. Com Ele – o Espírito -, presentes estão, certamente, todos os seus dons, todos os seus carismas... A dificuldade frequente é falta de consciência a respeito dessa realidade da presente do Espírito em nós. ‘É preciso redescobrir a presença e a ação do Espírito Santo em nós’, afirmou João Paulo II. E, de fato, durante todo o decurso de nossas vidas, Deus opera em nós para nos garantir uma ‘permanente efusão do Espírito’. Na RCC, costumamos, durante ‘Encontros de oração’ ou ‘Seminários de Vida no Espírito’, orarmos pelas pessoas para que recebam essa ‘efusão’: que o Espírito, que já está presente nelas, se revele, aqui e agora, como uma realidade viva em suas vidas. E que aquilo que até então está nelas como que de um modo potencial, num sentido quase que apenas teórico, se manifeste com uma experiência em Deus, como um encontro pessoal, íntimo, com Jesus Cristo. Com isso, aflora também em suas vidas – naquele momento ou algum tempo depois -, os carismas que o Espírito houver por bem lhes conceder de se manifestar através delas.



Não há regra, não há rito pré-determinado para se receber essa ‘efusão’, e o Espírito tem caminhos diversos e misteriosos para cada pessoa. Ajuda-nos, porém, observar alguns pontos:



I- É Jesus quem batiza no Espírito (Jo I, 29-34; At I, 5; 2,32-33). É ele quem, tendo entrado uma vez por todas no santuário do Céu, intercede sem cessar por nós, como mediador que nos garante permanentemente a efusão do Espírito Santo’ (Catecismo da Igreja Católica n. 667);



II- Creia, espere pelo cumprimento das promessas de Deus para sua vida (At I, 4-5). ‘Pela fé recebemos o Espírito Santo’ (cf. Gl 3, I 4b);



III- Queira, com docilidade, receber a bênção. ‘Quem tiver sede, venha a mim e beba’, dizia Jesus em relação ao Espírito Santo.



IV- Peça! Deus concede de Seu Espírito aos que lhe pedem (Lc 11, 9-13). ‘Com insistência fervorosa, não vos canseis de invocar, vinde Espíriro Santo’ (João Paulo II).



V- Agradeço pelo que Deus está fazendo em você, pelo Espírito. Ainda que não ‘sinta’ nada de imediato, siga com expectativa confiante e ação de graças, pois Deus é fiel em suas promessas (At 2, 38-39).



VI- ‘Saboreie essa nova experiência de Deus em sua vida. Acolha com gratidão tudo o que o Espírito lhe conceder. E, se sentir vontade de orar em línguas, basta por em momento seus órgãos vocais, como se fosse falar corretamente, mas sem escolher os fonemas que vai produzir. O que importa é a intenção que está em seu ‘coração’, não nos sons, em si...’.



VII- Persevere: ‘na doutrina dos Apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações’ (At 2, 2,42). Desfrute desse novo ‘sabor’ das coisas que Deus em sua vida...



E SAIBA! Para saber se você ora em línguas, é preciso ver se os frutos do Espírito Santo podem ser encontrados em você. Quais são os frutos do Espírito: CARIDADE, ALEGRIA, PAZ, PACIÊNCIA, AFABILIDADE, BONDADE, FIDELIDADE, BRANDURA, TEMPERANÇA. “Contra estas coisas não há lei!” (Gl. 5, 22-23). (Fonte RCC Responde: Dom de Línguas, Reinaldo Beserra dos Reis)



Por último, é preciso ser OBEDIENTE, como Jesus foi obediente ao Pai, à Mãe e seu pai adotivo São José. Um coração desobiente jamais se encherá do Espírito Santo e jamais orará em línguas.



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Oficina de Dom de Línguas



Cantico que suplique a vinda do Espírito santo.



Depois do cântico, ou tendo o mesmo como fundo musical, sem nenhuma hipocrisia, se possível, neste momento poderá ser feita uma oficina do Dom de Línguas. E dom do Espírito. Mas toda graça de Deus pode e deve ser acolhida e cultivada. Repetir no sentido de aprender é certo, só não vale se for no sentido de forçar o Espírito ou a simplesmente imitar por imitar. Imite o outro rezando em línguas. Espontaneamente. Voce verá se este dom vai fluir espontaneamente ou não. Se fluir, acolha e reze sempre assim. Se não fluir, aguarde o tempo de Deus. Se nunca fluir, acate a vontade de Deus, pois o Espírito concede os seus dons a cada um conforme lhe apraz. A uns é dado o dom de línguas, a outros , não.



20:30h – Encaminhamentos do Organismo (Em julho teremos Confraternização Graça e Paz! Os Irmanador Discipulado 31 já está sendo distribuído)



21:00h – Oração final



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Fraternalmente,



Pe. Marcos Oliveira