Boa
tarde discípulos de Jesus.
Efetivando
nosso Método de Evangelização e Acompanhamento de Discípulos de um modo
sistemático, estamos aproveitando todos os encontros das segundas-feiras para
ir repassando formações mais profundas, embasadas em bons textos de escritores
que conhecemos como sendo boas fontes de informações e formações.
Por
isso é importante que os responsáveis pelos encontros das segundas-feiras vejam
com antecedência quem vai ministrar a formação, façam xerox, ou preparem quadro
com giz etc
Pois
formação não é conversa fiada nem só repeteco; é estudo profundo e em clima de
oração.
Desta
forma, toda segunda-feira vamos formando os discípulos de um modo mais profundo,
pois somente desta maneira vão conhecendo a doutrina de Deus e quanto mais a
conhecem mais a amam.
Uma
segunda é só DCAs, outra tem os Servidores...
Mas
se os DCAs aprendem toda segunda-feira, então depois também vão ensinando os
outros no decorrer da caminhada, sem esquecer que mesmo sem participar das
formações dos DCAs, os outros discípulos também podem estudar em casa os mesmos
textos, etc
Eis
o roteiro:
19:00h
– Oração inicial
Louvor,
Súplica
ao Espírito Santo
Palavra
de Deus (1 Coríntios 12)
Meditação
partilhada em oração
19:30h
– Formação: Dom de línguas (se não foi possível alguém preparar bem a formação
com o quadro-negro e giz, que ao menos sejam distribuídas xerox de ao menos um
dos texto abaixo, e o texto seja lido e aprofundado com os comentários de todos.
Neste caso propomos que seja o texto 2, do Frei Raniero)
Texto
1: Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo
"É
Ele que vos batizará no Espírito Santo e no fogo" (Mt 3,11)... Esta
promessa vai ter seu cumprimento, externo e visível ao mesmo tempo, no dia de
Pentecostes: "Então apareceram línguas como de fogo. (...) Todos ficaram
repletos do Espírito Santo" (At 2,3-4).
Igualmente
a palavra de Jesus: "Eu vim para atear fogo sobre a terra" (Lc
12,49), refere-se ao dom do Espírito, ou ao menos o inclui. Quanto a Paulo,
também ele, implicitamente compara o Espírito ao fogo, recomendando que não se
deve "apagar" o Espírito (cf. 1Ts 5,19).
Para
descobrir o que é que a Revelação quis nos dizer com isto, devemos ver o que o
fogo simboliza na Bíblia. Vamos então descobrir que o fogo tem múltiplos
significados, alguns positivos, outros negativos. O fogo ilumina (como no caso
da coluna de fogo, no Êxodo), aquece, inflama, devora os inimigos, punirá por
toda a eternidade os ímpios.
Mas,
entre todos esses significados, há um que se destaca e predomina sobre os
outros: o fogo purifica. Também a água simboliza muitas vezes a purificação,
mas com uma diferença importante que a própria Bíblia enfatiza: "...o
ouro, a prata, o ferro, o estanho e o chumbo, tudo o que pode resistir ao fogo,
deveis passar pelo fogo para que seja purificado. (...) O que não resistir ao
fogo, fareis passar na água lustral" (Nm 31,22-23).
O
fogo é o símbolo de uma purificação mais profunda, radical. A água purifica por
fora, o fogo também por dentro. Canta o salmista: "Examina-me, Senhor, e
submete-me à prova, purifica no fogo meus rins e coração" (Sl 26,2). As
coisas preciosas - o ouro, no âmbito material, a fé no espiritual - são
provadas no fogo (cf. 1Pd 1,7)...
A
esta luz se deve compreender também a definição de Deus como um "fogo
devorador". A sua santidade e simplicidade não toleram mistura alguma, e
põem a nu todo o mal e o devoram. Somente quem afasta de si o mal "poderá
agüentar um fogo devorador" (cf. Is 33,14s). em certo sentido, o título de
"fogo" limita-se a explicitar o adjetivo de "Santo" que
acompanha o nome "Espírito". O Espírito é fogo porque é Santo...
Em
Pentecostes - escreve Cirilo de Jerusalém - os apóstolos receberam "o fogo
que queima os espinhos dos pecados e dá esplendor à alma"...
Um
antigo responsório que se recitava no Ofício de Pentecostes diz:
"Sobreveio um fogo divino, que não queima, mas ilumina, não consome, mas
brilha; encontrou os corações dos discípulos como receptáculos puros e
distribuiu entre eles os seus dons e carismas"...
Resumindo
esta tradição sobre o fogo de Pentecostes, dotado do poder de criar e destruir,
um grande poeta moderno escreve: "A pomba desce, fendendo os ares, com
chama incandescente de terror, e as línguas declaram que a única esperança (ou
desespero) está na escolha entre queimar ou queimar, ser remidos do fogo pelo
Fogo".
Nós
"escolhemos" passar pelo fogo que redime para não sofrer um dia o
fogo do juízo que destrói...
A
partir deste momento, o Espírito começa a agir como um fogo, não mais porém
como fogo que purifica e refunde, mas como fogo que aquece e inflama... A
Liturgia resgata esse ensinamento quando nos faz dizer, na Missa de
Pentecostes: "Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e
acendei neles o fogo do vosso amor", e ainda, na Seqüência: "Aquece o
que está frio"...
Santo
Efrém Sírio cantou profunda e poeticamente esta prerrogativa do Espírito de
aquecer, fecundar e derreter o gelo do pecado, que faz a alma ficar rígida de
frio: "Com o calor, tudo amadurece; / graças ao Espírito, tudo é
santificado: / símbolo evidente! / O calor derrete o gelo dos corpos: / o mesmo
faz o Espírito com a impureza dos corações. / Ao primeiro calor, saltam os
bezerrinhos na primavera; / assim também os discípulos, quando o Espírito
desceu sobre eles. / O calor rompe os troncos do inverno que mantêm flores e
frutos prisioneiros: graças ao Espírito Santo, / quebra-se o jugo do maligno, /
que impede à graça desabrochar. / O calor desperta o seio da terra adormecida:
/ o mesmo faz o Espírito Santo com a Igreja".
Também
para João da Cruz, são dois os efeitos da Chama viva de amor: ela purifica a
alma e lhe infunde força, vivacidade e ardor por Deus. Não se contenta em
purificar-nos do pecado, mas prolonga a sua ação em nós até nos fazer
"fervorosos no Espírito" (Rm 12,11). Comporta-se como o fogo quando
se apega à lenha úmida: primeiro o expurga, arrancando-lhe com barulho todas as
impurezas, depois o inflama progressivamente, até que se torne toda
incandescente e ela mesma se transforme em fogo.
Concretamente,
isto quer dizer que o Espírito Santo nos preserva de cair na tibieza e, se por
acaso já tivermos caído na tibieza ou estivermos caindo, livra-nos dela. Da
tibieza não se pode sair sem uma intervenção do Espírito Santo, intervenção
nova, decisiva. Podemos vê-lo na vida dos apóstolos. Antes de Pentecostes, eram
pessoas tíbias. Não eram capazes de vigiar uma hora, discutiam sempre quem
seria o maior, ficavam espantados diante de qualquer ameaça. Mas, que diferença
depois que sobre eles vieram pairar as línguas de fogo. A partir daquele
momento, tornaram-se a viva imagem do zelo, do fervor e da coragem. Fervorosos
no pregar, no louvar a Deus, no fundar e organizar as Igrejas e, enfim, no
sacrificar a vida por Cristo...
Pouco
adianta dizer: é preciso aplicar à doença da tibieza o remédio do fervor! É
como dizer a um doente que o remédio para o seu mal é a saúde, ignorando que
justamente este é o seu problema: a falta de saúde. Não, o remédio para a
tibieza não é o fervor, mas é o Espírito Santo. O fervor é o contrário da
tibieza, não é o remédio para ela.
Com
isto há uma esperança também para nós. Se nos parece diagnosticar em nós os
sintomas deste "mal obscuro" da vida espiritual - a tibieza - se
descobrimos que estamos apagados, frios, apáticos, insatisfeitos com Deus e com
nós mesmos, existe remédio, e é infalível: precisamos de um belo e santo
Pentecostes! Com o auxílio da graça, é possível sair da tibieza. Houve grandes
santos que, como eles mesmos o admitiram, se tornaram santos depois de um longo
período de tibieza. É o que desejamos pedir ao Espírito Santo.
Frei
Raniero Cantalamessa, OFM
Extraído
de: Cantalamessa, Raniero. O canto do Espírito. Meditações sobre o Veni
Creator. Petrópolis: Vozes, 1998, pp. 120-137.
Texto
2: O segredo das Línguas estranhas (Dom de Línguas)
Estas
foram as últimas palavras pronunciadas por Jesus ao se despedir de seus
Discípulos deixando em suas mãos estas recomendações para continuar a sua obra
neste mundo.
Jesus
já não estaria mais presente entre nós, mas enviaria o Espírito Santo dentro de
poucos dias, para lhes dar poder e ousadia em tudo que deveriam realizar.
Jesus
já não poderia mais realizar tudo aquilo que realizava, indo às multidões,
curando, ressuscitando mortos, perdoando os pecados e levando o evangelho do
Reino de Deus aos pequeninos, mas como antes, os discípulos sozinhos nem sempre
alcançavam o objetivo proposto por Jesus e acabavam dormindo, barrados pela
tempestade ou até mesmo fracassando, Jesus então usa da palavra para lhes
confirmar que além daquelas coisas que Ele costumava fazer, outras coisas bem
maiores do que aquelas eles deveriam realizar desde que realmente acreditassem
n’Ele de todo coração. Claramente podemos entender que estas palavras foram
ditas antes do dia de Pentecostes como uma previsão do que viria após o
cumprimento da Promessa do Pai.
Gostaria
de falar hoje apenas de uma destas coisas que aconteceriam e que não faziam o
menor sentido para aqueles que estavam ouvindo Jesus naquele exato momento.
Falareis
novas Línguas…
Você
bem sabe o quanto é difícil estudar uma outra língua no mundo de hoje, imagine
o quanto era mais difícil ainda falar uma outra língua diferente naquela época,
já que não existiam escolas e nem profesores, poucos eram os mestres e muito
tempo deveria ser dedicado para que alguém aprendesse falar outra língua com
fluência. Se nos referissemos àqueles homens “rudes” que seguiam Jesus então,
que na sua grande maioria eram apenas pescadores e não homens cultos e de boa
formação acadêmica, se bem que Jesus também chamou pessoas deste nível, mas que
não ouviram o seu chamado, logo, quem deveria falar aos estrangeiros seria
mesmo os pescadores que mal sabiam falar sua própria língua.
A
proposta do Pai era levar o evangelho a todo ser vivo, sair das fronteiras de
Israel, já que a promessa da “NOVA ALIANÇA” se estenderia não somente aos
Judeus, mas englobava como um enxerto à videira as outras nações que antes eram
consideradas como “Excluídas” e como filhos pródigos sem direito aos Dons
Divinos.
Para
executar este plano, os discípulos de Jesus deveriam sair de Jerusalém e
testemunhar às nações que não lhes entenderiam, já que falavam aramaico e não a
linguagem natural de outros povos, isto seria uma grande barreira, pior do que
a tempestade que Jesus acalmou, mas para este problema Jesus já tinha a solução
e já comunicava aos Discípulos que eles iriam FALAR NOVAS LÍNGUAS.
Como
? e Por que ?
O
Porque deve ter ficado claro nesta abertura acima, uma vez que era a vontade de
Deus que a mensagem de Jesus se espalhasse pela Terra e a todas as nações e
línguas sem acepção de nenhuma delas até alcançar a todo ser humano que vive
sobre a Terra, certamente para se chegar a esse objetivo, deveríamos falar a
língua daquelas nações para onde iríamos pregar e ensinar a palavra de Deus.
Nenhum
deles, porém, poderia imaginar como isto iria acontecer, no entanto ninguém
ousou interpelar Jesus com a pergunta duvidosa semelhante aquela de Nicodemos,
“como pode um homem velho entrar no seio de sua mãe e nascer de novo?”, também
ninguém ousou dizer o que São Tomé disse a São Pedro “Eu só acredito Vendo!”,
ou talvés com uma nova indagação, “só quero saber como !”. Se eu nunca fui a
uma escola, não sei ler, nem escrever, muito menos falarei uma língua diferente
da minha! Até mesmo para este texto Deus já tinha dado uma resposta no passado,
quando o Profeta Jeremias se justificou dizendo ser apenas uma criança que nem
sabia falar, Deus lhe respondeu prontamente dizendo: “Não digas isto, porquanto
irás procurar todos aqueles aos quais te enviar, e a eles dirás o que eu te
ordenar.”.
Podemos
também incluir o Profeta Ezequiel como um bom exemplo, pois o mesmo ficou
totalmente mudo logo após ouvir o chamado do Senhor, se você hoje conhece a
mensagem de Ezequiel, foi porque contornando a sua mudez ele escrevia tudo que
via e toda a vontade de Deus para o povo de Israel.
Em
obediência a Jesus todos ficaram no Cenáculo em Jerusalém esperando o
cumprimento das promessas Divinas, promessas que foram feitas mais de 500 anos
antes, e sabe-se lá por quanto tempo ainda teriam que esperar ?
Lá
estavam todos reunidos no Cenáculo, esperando algo que nem imaginavam, enquanto
a cidade se enchia de Judeus provenientes de varias regiões proximas a Israel
que vinham cumprir seus preceitos religiosos perante Deus no lugar onde se
deveria adorar e fazer as suas ofertas como convinha a todos aqueles que amavam
o Senhor.
Portanto
eram pessoas fiéis e dispostas a observar a vontade de Deus que se achegavam
das extremidades da terra para o centro onde estava o Senhor todo Poderoso.
Quando
chegou o dia exato da principal festa dos Judeus, momento em que todos já
estavam reunidos em torno do “CENTRO” veio o vento impetuoso e as chamas que
repousaram sobre aqueles que estavam em oração esperando o cumprimento das
promessas, o resultado foi um despertar e o aparecimento deste falar em Línguas
diferentes e que todos movidos por um impulso interior começaram a pregar e
anunciar o evangelho em diversas línguas diferentes que foram enumeradas por
São Pedro nos Atos dos Apóstolos 2, 8 a 12.
Este
foi o primeiro passo da Igreja após o retorno de Jesus para o céu, claramente
um primeiro passo dado na direção de se alcançar pessoas que não estavam ali
onde Jesus viveu, alcançar pessoas que Jesus não havia alcançado com seus
milagres e levar enfim a palavra de Deus a todos os cantos da terra, já que o principal
impecilho “a linguagem” não existia mais, porque Deus lhes deu um Dom que
economizou anos de escola e em um só momento conquistou mais de cinco mil
pessoas de diversas nações e lugares diferentes que já se tornaram uma
“espécie” de semente lançada ao vento que iriam produzir fruto bem distante
daquele lugar que até aquele dia era o centro do universo.
Passado
aquele primeiro momento, porém, podemos perceber que estes mesmos discípulos
não se afastaram muito deste centro e permaneciam ali mesmo pregando e ensinado
os próprios Judeus, muitos dos quais haviam conhecido Jesus enquanto estava
vivo. Alguns até achavam que só deveriam levar a salvação somente a seu próprio
povo, mas mesmo assim a Igreja crescia e se desenvolvia se espalhando entre o
povo, era uma nova maneira de se viver na presença de Deus.
Mas,
e o Dom de Línguas ?
Me
perdoem, mas eu não me esqueci deste detalhe, afinal é o tema que estamos
falando, muitas pessoas defendem que este Dom só teria se manifestado no dia de
Pentecostes, outros dizem que Deus usou este Dom somente nos primeiros dias e
nunca mais Ele teria ocorrido na Igreja, mas a verdade é que de tão normal que
ele se tornou no princípio, que não precisava ficar se referindo a algo que
acontecia rotineiramente no meio do povo Cristão, podemos comprovar isto quando
São Pedro visita Cornélio em Atos 10, 46 e lá acontece o mesmo que aconteceu em
Pentecostes com um homem que não era Judeu, tanto é, que isto foi motivo de
espanto entre os “CIRCUNCISOS” vendo que o Espírito Santo “TAMBÉM” havia se
manifestado em não Judeus ou pagãos como se dizia, já que não faziam parte do
povo escolhido de Deus como aquela mulher Samaritana.
Quando
São Paulo chegou a Éfeso pela primeira véz, encontrou doze homens já batizados
com o batismo de São João e indagou deles sobre o Espírito Santo, do qual
responderam que nada sabiam, ao serem batizados por São Paulo começaram a falar
em Línguas e profetizar como os outros anteriormente, e estes homens nunca
tinham ouvido falar sobre este assunto antes.
São
Paulo dedicou três capitulos de sua primeira carta aos Corítios 12, 13 e 14
esclarecendo diversos assuntos sobre o uso de um Dom chamado Línguas e
claramente durante todos estes anos era mais do que normal pessoas serem
batizadas e receberem imediatamente o Dom de Línguas.
No
entanto, São Paulo deixa bem claro que falar em Línguas não significa nada se
nós não amarmos o nosso irmão como Jesus nos amou, porque Dom é um instrumento
de uso imediato e passageiro e que na verdade não passa de algo terreno para
uso terreno em edificação de uma comunidade, fora desse objetivo não teria
nenhum valor ou função para o ser humano ou para Deus.
Nossos
irmãos em Corítios cometiam diversos erros em relação ao uso do Dom de Línguas,
por isso São Paulo lhes escreveu para corrigir os desvios e abusos que lá
aconteciam.
Hoje
podemos dizer que estamos sujeitos aos mesmos problemas que os Coríntios
estavam; duvidar da veracidade do Dom, desenvolver falsos dons imitando o Dom
verdadeiro, deixar o inimigo nos enganar com falsos Dons de Línguas, valorizar
um Dom acima de outro Dom, expor o Dom de Línguas em locais impróprios, usar o
Dom de Línguas sem nenhum objetivo e etc.
São
Paulo começa nos revelando que os Dons são reais e verdadeiros e que somente o
Espírito Santo pode nos dar, não nos pertence e nem servirá para nossa glória
pessoal a não ser para a edificação da Igreja que não nos pertence e ainda
deixa bem claro que quando a Igreja já estiver edificada de nada mais servirão,
logo, enquanto a Igreja estiver na sua caminhada neste mundo os Dons continuam
mais que necessários até que venha o grande Dia do Senhor e Ele arrebate a sua
Imaculada Esposa “A Santa Igreja” para os Céus.
Na
teoria é isto, na prática as coisas mudam de figura, porque precisamos aperfeiçoar
a nossa maneira de agir e usar os Dons do Espírito Santo, para isso é que
existe o Magistério e nossos pastores para auxiliar a Igreja a vivenciar estas
maravilhas de Deus.
Li a
poucos dias alguém dizendo que; enquanto o Papa não proibir o uso do Dom de
Línguas, a RCC pode achar que esta certo fazer o que faz, mas ele não é
obrigado a aceitar este Dom em sua vida e nem manifestar algo que não acredita,
sendo assim ele não poderia contestar algo que o Magistério não contesta
oficialmente mas se reserva o direito de ter a sua opinião particular sobre o
assunto.
Esclarecendo
o que ele disse na verdade, apesar da Igreja não ter se manifestado
oficialmente contra o uso dos Dons Espírituais ele se reserva no direito de não
aceitar estes Dons em sua vida, mas por respeito à autoridade do Papa se
limitará em dizer que esta é uma opinião particular.
Eu
vejo que a resistência e a insistência de varias alas da Igreja contra os Dons
Espírituais diminue a cada dia, pois como poderemos combater algo que esteja
escrito nas escrituras sagradas e aprovadas pelo Magistério da Igreja no
passado como verdadeiramente inspiradas pelo Espírito Santo, nos resta apenas
corrigir os erros e atitudes improprias daqueles que abusam por falta de
conhecimento e ou por orgulho próprio mesmo, cometendo um grande pecado contra
o Espírito Santo.
Como
poderia eu dizer que a RCC é perfeita, primeiro seria uma grande mentira,
depois a RCC só tem 42 anos de existência em que se redescobriu estes Dons que
sempre estiveram presentes na Igreja e sempre à nossa disposição, mas que, por
ignorância foram ficando desconhecidos e quase esquecidos, salvo que O
Magistério Santo, preservou este conhecimento bem guardado nas escrituras
sagradas e hoje podemos voltar a ser como os primeiros Cristãos foram, quando
estavam totalmente apaixonados por Jesus e cheios do Espírito de Deus.
Dom
de Línguas é apenas um detalhe desta história, um detalhe muito evidente que
desafia o nosso orgulho intelectual, nosso conhecimento e a nossa sabedoria
humana, no entanto, revela a sabedoria Divina, o pensamento íntimo do Pai na
sua simplicidade de estar falando com um filho totalmente dependente de sua
vontade.
Quem
gostaria de perder um jogo de xadrês, ou uma partida de futebol? ninguém, não é
mesmo? Mas, é o que acontece quando deixamos o Dom de línguas agir em nossos
lábios e nossos corações, já que nosso intelecto não dirigi as palavras apesar
de poder controla-las quando quiser, porém só farão efeito na Igreja as
palavras não controladas que fluem de nossos lábios com o nosso consentimento e
sem a nossa interferência. É complicado dizer isto e não ter uma fórmula para
dizer como isso acontece, já que cada pessoa deverá aprender que somente ela
pode abrir ou fechar a porta do seu coração e da mesma forma deixar fluir de
seus lâbios uma mensagem Divina sem incluir as suas próprias palavras
misturadas com as do Pai.
Somente
a prática pode purificar nossos erros e nos dar o discernimento daquilo que
realmente vem do Pai e não do homem, se impedirmos os Dons de Deus de se
manifestarem em nosso meio, porque não os entendemos bem ou porque é melhor
ficar com o que é sólido do que com é suspeito, jamais iremos aperfeiçoar o
nosso discernimento e jamais poderemos dizer que sabemos com certeza que o mal
não esteja nos vendendo gato por lebre ou nos oferecendo a morte em nome da
sabedoria.
Vou
terminar este texto com um conselho de São Paulo:
Aspirai
aos dons superiores. E agora, ainda vou indicar-vos o caminho mais excelente de
todos.(I Coríntios 12,31)
Ainda
que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou
como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.(I Coríntios 13,1)
Assim,
pois, irmãos, aspirai ao dom de profetizar; porém, não impeçais falar em
línguas.(I Coríntios 14,39)
Frei
Raniero Cantalamessa, OFM
Texto
3: Na Língua dos Anjos - A Bênção de Orar em Línguas
Como
orar em línguas? Prezados amigos, quando passei a participara da Renovação
Carimática Católica achei muito entranha a oração em línguas. Confesso que
fiquei meio assustado. Depois comecei aos poucos. Umas pessoas de Lages/SC
estiveram aqui em Vacaria/RS e nos ensinaram. A partir de então descobri a
bênção que é orar em línguas, o mais comum dos dons carismáticos. O Padre
Antonello Cadedu ensina que o dom de línguas é a estrada pela qual vêm todos os
demais dons e carismas.
Comece
devagar, não tenha pressa....
Vamos
lá, concentre tua mente no Senhor, invoque o Espírito Santo e comece: laira,
laira, laira, laira......
Depois
outras expressões vão surgindo e dom vai se aperfeiçoando.
Abaixo,
vamos ver, ouvir e orar em línguas cantando "Na Língua dos Anjos".
Acrescento
à postagem, este preciosíssimo texto do Monsenhor Jonas Abib, a respeiro da
oração em línguas.
Os
efeitos maravilhosos da oração em línguas
Não
dê ouvidos ao que os outros dizem a respeito do dom de orar em línguas. Prometa
reservar um tempo, todos os dias, para orar em línguas pela sua ressurreição,
pela ressurreição dos seus. Repita para você mesmo:
Eu
preciso de ressurreição, por isso preciso orar na língua dos anjos. Eu
necessito da língua no Espírito, para que esse orvalho recaia sobre mim, sobre
todas as situações que me oprimem e angustiam. É o Senhor quem me dá a solução
dos problemas insolúveis que eu enfrento.
E
lembre-se: “Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo” (1Cor 14,4a).
Quem
ora em línguas ressuscita, reconstrói e edifica a si mesmo. Não nos desfaçamos
das armas mais poderosas que temos. Tenho presenciado os efeitos maravilhosos
desse orvalho do Espírito Santo sobre a vida das pessoas. Leia o testemunho de
uma senhora:
'Muitas
vitórias tenho conseguido no meu casamento com a oração em línguas.
Diariamente, imponho as mãos sobre meu marido, dormindo. Oro por ele em línguas
um longo tempo, pois sei das grandes responsabilidades que pesam sobre ele,
causando-lhe um sono muito agitado. Mas tenho constatado que, quando oro em
línguas por ele à noite, ele amanhece com outra disposição. O mesmo faço com
meu filho, um jovem de 21 anos. Muitas vezes, vou ao seu quarto, entro bem
devagarzinho, imponho-lhe as mãos e oro em línguas.'
Os
jovens precisam de muita oração! Muitas vezes, palavras e conselhos não levam a
nada. Mas esse orvalho que vem do Alto entra como ondas magnéticas naquele por
quem oramos. E ali o divino acontece. Quando paramos de murmurar e começamos a
orar, as situações mudam. A cada dia, portas se abrem para que oremos sempre mais
em línguas!
Deus
abençoe você!
Monsenhor
Jonas Abib
Texto
4: Como receber esse dom?
Nós,
os batizados, temos em nós a presença do Espírito Santo de uma maneira
especial, isto é, pela graça do sacramento, que ‘realiza em nós aquilo que significa’.
Com Ele – o Espírito -, presentes estão, certamente, todos os seus dons, todos
os seus carismas... A dificuldade frequente é falta de consciência a respeito
dessa realidade da presente do Espírito em nós. ‘É preciso redescobrir a
presença e a ação do Espírito Santo em nós’, afirmou João Paulo II. E, de fato,
durante todo o decurso de nossas vidas, Deus opera em nós para nos garantir uma
‘permanente efusão do Espírito’. Na RCC, costumamos, durante ‘Encontros de
oração’ ou ‘Seminários de Vida no Espírito’, orarmos pelas pessoas para que
recebam essa ‘efusão’: que o Espírito, que já está presente nelas, se revele,
aqui e agora, como uma realidade viva em suas vidas. E que aquilo que até então
está nelas como que de um modo potencial, num sentido quase que apenas teórico,
se manifeste com uma experiência em Deus, como um encontro pessoal, íntimo, com
Jesus Cristo. Com isso, aflora também em suas vidas – naquele momento ou algum
tempo depois -, os carismas que o Espírito houver por bem lhes conceder de se
manifestar através delas.
Não
há regra, não há rito pré-determinado para se receber essa ‘efusão’, e o
Espírito tem caminhos diversos e misteriosos para cada pessoa. Ajuda-nos,
porém, observar alguns pontos:
I- É
Jesus quem batiza no Espírito (Jo I, 29-34; At I, 5; 2,32-33). É ele quem,
tendo entrado uma vez por todas no santuário do Céu, intercede sem cessar por
nós, como mediador que nos garante permanentemente a efusão do Espírito Santo’
(Catecismo da Igreja Católica n. 667);
II-
Creia, espere pelo cumprimento das promessas de Deus para sua vida (At I, 4-5).
‘Pela fé recebemos o Espírito Santo’ (cf. Gl 3, I 4b);
III-
Queira, com docilidade, receber a bênção. ‘Quem tiver sede, venha a mim e
beba’, dizia Jesus em relação ao Espírito Santo.
IV-
Peça! Deus concede de Seu Espírito aos que lhe pedem (Lc 11, 9-13). ‘Com
insistência fervorosa, não vos canseis de invocar, vinde Espíriro Santo’ (João
Paulo II).
V-
Agradeço pelo que Deus está fazendo em você, pelo Espírito. Ainda que não
‘sinta’ nada de imediato, siga com expectativa confiante e ação de graças, pois
Deus é fiel em suas promessas (At 2, 38-39).
VI-
‘Saboreie essa nova experiência de Deus em sua vida. Acolha com gratidão tudo o
que o Espírito lhe conceder. E, se sentir vontade de orar em línguas, basta por
em momento seus órgãos vocais, como se fosse falar corretamente, mas sem
escolher os fonemas que vai produzir. O que importa é a intenção que está em
seu ‘coração’, não nos sons, em si...’.
VII-
Persevere: ‘na doutrina dos Apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão
e nas orações’ (At 2, 2,42). Desfrute desse novo ‘sabor’ das coisas que Deus em
sua vida...
E
SAIBA! Para saber se você ora em línguas, é preciso ver se os frutos do
Espírito Santo podem ser encontrados em você. Quais são os frutos do Espírito:
CARIDADE, ALEGRIA, PAZ, PACIÊNCIA, AFABILIDADE, BONDADE, FIDELIDADE, BRANDURA,
TEMPERANÇA. “Contra estas coisas não há lei!” (Gl. 5, 22-23). (Fonte RCC
Responde: Dom de Línguas, Reinaldo Beserra dos Reis)
Por
último, é preciso ser OBEDIENTE, como Jesus foi obediente ao Pai, à Mãe e seu
pai adotivo São José. Um coração desobiente jamais se encherá do Espírito Santo
e jamais orará em línguas.
xxx
Oficina
de Dom de Línguas
Cantico
que suplique a vinda do Espírito santo.
Depois
do cântico, ou tendo o mesmo como fundo musical, sem nenhuma hipocrisia, se
possível, neste momento poderá ser feita uma oficina do Dom de Línguas. E dom
do Espírito. Mas toda graça de Deus pode e deve ser acolhida e cultivada. Repetir
no sentido de aprender é certo, só não vale se for no sentido de forçar o
Espírito ou a simplesmente imitar por imitar. Imite o outro rezando em línguas.
Espontaneamente. Voce verá se este dom vai fluir espontaneamente ou não. Se
fluir, acolha e reze sempre assim. Se não fluir, aguarde o tempo de Deus. Se
nunca fluir, acate a vontade de Deus, pois o Espírito concede os seus dons a
cada um conforme lhe apraz. A uns é dado o dom de línguas, a outros , não.
20:30h
– Encaminhamentos do Organismo (Em julho teremos Confraternização Graça e Paz! Os
Irmanador Discipulado 31 já está sendo distribuído)
21:00h
– Oração final
xxx
Fraternalmente,
Pe.
Marcos Oliveira