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22 de jun. de 2011

Fogo de Pentecostes

Quem és tu, luz que me enches

e que iluminas

as trevas do meu coração?

Tu me guias

como a mão de uma mãe,

e se tu me largas,

não poderei mais dar um só passo.

Tu és o espaço

que envolve meu ser

e o abriga em seu seio.

Abandonado por ti

ele desapareceria

nos abismos do nada,

de onde Tu o tiraste

para elevá-lo ao ser.

Tu, mais próximo de mim

do que eu de mim mesma

e mais íntimo

que o âmago de minha alma,

e, entretanto, inatingível e inefável,

fazendo brilhar todos os nomes:

Espírito Santo - Amor Eterno...





És Tu

o canto do amor

e do santo respeito

que ressoa eternamente

em redor do trono de Deus,

que nele une

o canto puro de todos os seres!





A harmonia

que une os membros à cabeça,

é nela que cada um

descobre com éxtase

o sentido ínitmo do seu ser

e cheio de alegria derrama-se

nas tuas ondas,

Espírito Santo - Eterna alegria...





(Edith Stein, Pentecostes de 1942)